Alimentos puxa inflação para famílias de baixa renda no Nordeste
O óleo de soja sofreu uma variação de 119,02%. Já o arroz superou os 80%.
A região Nordeste registrou a inflação mais alta para famílias com renda até 1,5 salário-mínimo mensal, denominadas de famílias de baixa renda, dentre as grandes regiões do país. A informação faz parte do Índice de Preços ao Consumidor Regional (IPC-Regional), divulgado nesta terça-feira (9).
De acordo com a pesquisa, entre janeiro de 2020 e março de 2023, a inflação para famílias de baixa renda na região subiu 26,46% e a alimentação — que ocupa espaço destacado no orçamento destas famílias — aumentou 43,24%, muito acima da inflação.
O estudo selecionou dez alimentos relevantes na despesa com gêneros alimentícios, que apresentaram aumento muito acima da inflação média. São eles:
Óleo de soja (119,02%)
Arroz (80,41%)
Milho de pipoca (76,46%)
Farinha de mandioca (74,45%)
Açúcar cristal (59,71%)
Margarina (59,43%)
Linguiça (58,49%)
Ovos (56,48%)
Leite em pó (54,05%)
Pão francês (46,37%)
O orçamento familiar sofre também com a habitação. Destacam-se despesas com serviços de moradia, itens de conservação e reparo e tarifas públicas. Entre janeiro de 2020 e março de 2023, as despesas com habitação avançaram 25,80%.
Neste grupo, merecem destaque as seguintes despesas:
Gás de botijão (61,90%)
Material de limpeza (39,86%)
Energia elétrica (23,99%)
Despesas com saúde e cuidados pessoais
A pesquisa mostra também que outro importante desafio para famílias de baixa renda, são as despesas com saúde e cuidados pessoais, grupo de despesa que subiu em média 19,24%. Dentro deste grupo merecem destaque itens básicos de higiene, como:
Sabonete (56,17%)
Creme dental (44,48%)
Papel higiênico (44,34%)
Por fim, vale comentar o comportamento do grupo transportes, que compromete 11,4% do orçamento familiar de baixa renda, e que registrou avanço de 18,32%, entre 2020 e 2023, conduzido pelo preço dos combustíveis, entre os quais vale citar o diesel (55,88%) e a gasolina (24,37%).
Fonte: G1