Sertanejo vive mudança: grandes artistas farão menos shows e mais caros
O mercado da música sertaneja passa por um momento de difícil compreensão. Muitos artistas romperam com seus escritórios nos últimos meses. A atitude foi uma espécie de carta de alforria para esses artistas que faturam tão alto. Mas será que isso foi bom mesmo?
A gente vê algumas duplas que nitidamente perderam a “engrenagem” na hora de lançar uma música ou um projeto.
O sertanejo é famoso por jogar pesado na divulgação nas rádios e nas plataformas digitais. Gusttavo Lima investe quase R$ 1 milhão em cada música lançada. Ninguém gasta tanto. Gusttavo joga pesado. Aliás, não adianta comparar Gusttavo com ninguém. Ele é um gênio dos negócios.
Aliás, por falar nele, os cantores acham que gerir a carreira vai ser super fácil. Até porque GL tirou de letra. Mas não é bem assim. Ele se cercou dos melhores do mercado.
O que estou querendo dizer? Esse movimento de debandada dos escritórios está gerando novos e bem mais restritos contratos.
Os contratos que escritórios tem com os seus artistas serão cada vez mais restritivos, e prenderão ainda mais os artistas às regras do escritório.
Sabe outro problema? Gusttavo e Wesley lançaram seus projetos pessoais e foram um sucesso. Buteco e Garota Vip bombaram, mas terão um prazo de validade. GL já mandou pisar o pé no freio.
E detalhe: os artistas que recém saíram dos escritórios estão loucos para lançarem seus projetos, suas labes. Mas agora? A fórmula está quase saturada.
Resumindo: a música sertaneja está passado por um momento delicado. Logo após a pandemia, os valores dos cachês subiram demais. Mas a demanda aumentou muito. E os eventos entre 2023 / 2024 deram prejuízo aos contratantes.
E prepare-se para as notícias sobre 2024. Os cachês dos grandes artistas do sertanejo vão aumentar ainda mais. O objetivo é diminuir o número de shows para que eles valorizem a apresentação. Quem muito aparece, acaba perdendo o valor. Teremos menos Buteco, menos Surreal (label de Henrique e Juliano).
Fonte: Léo Dias