Grupo xamânico é acusado de usar veneno de sapo como alucinógeno sem aviso

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O grupo xamânico foi denunciado por participantes, que relataram surtos psicóticos após o uso do psicodélico. Eles não teriam sido avisados.

O grupo xamânico Sete Raios é acusado de usar substâncias alucinógenas durante rituais, sem o consentimento ou autorização dos participantes. O material usado seria o veneno do sapo Bufo alvarius, com o objetivo de aprofundar a jornada espiritual. No entanto, o uso do tal veneno é proibido no Brasil.

A advogada goiana Gabriela Augusta Silva é uma das participantes que denuncia a experiência. Ela saiu de Goiás e foi para São Paulo, onde participou do ritual, em que acabou submetida a uma sessão com o veneno. A mulher conta que inalou a substância e, desde então, nunca mais foi a mesma. O caso aconteceu em outubro de 2021.

A jurista contou que, após fazer o uso do veneno, perdeu a consciência e acordou cerca de 30 minutos depois. Entre os problemas após o uso da psicodélico estão crises de pânico e de ansiedade, surtos psicóticos, problemas respiratórios e pensamentos suicidas.

Gabriela relatou que procurou o grupo, buscando uma maior conexão com Deus, após enfrentar problemas familiares, e foi incentivada por um dos xamânicos a experimentar o veneno. Depois disso, a mulher chegou a ser internada em um hospital neurológico, passou a frequentar o psiquiatra e tomar remédios controlados.

Gabriela Silva conta que pagou R$ 1.300 no ritual individual com o veneno e relatou seus problemas entre eles, ataques de pânico e pensamentos suicidas para o sócio fundador do instituto xamânico, Felipe Rocha.

Após contar os problemas decorrentes do psicodélico, Rocha encaminhou um áudio por meio de aplicativo de mensagem, no qual diz que Gabriela não pode perder a confiança. Sugere que ela acenda velas e tome um banho de ervas.

A mulher diz que apenas após descobrir a proibição da substância e expor o caso nas redes sociais, o que desencadeou uma série de respostas similares a experiência dela, é que recebeu um pedido de desculpas.

Fonte: Metrópoles

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