Microsoft afirma que GPT-4 tem capacidade de argumentar como um humano

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Uma equipe de pesquisadores da Microsoft, empresa de tecnologia que investiu bilhões de dólares na OpenAI, companhia de IA, teve acesso ao ChatGPT-4 antes de seu lançamento público oficial.

Na badalada área de Inteligência Artificial (IA), uma descoberta notável tem encantado cientistas e entusiastas: os grandiosos modelos de linguagem (LLMs, na sigla em inglês), que são alimentados com vastas quantidades de dados. Mas e se tecnologias como o ChatGPT também tivessem a capacidade de raciocinar e utilizar o bom senso assim como os seres humanos? Isso pode estar mais perto do que parece!

Uma equipe de pesquisadores da Microsoft, empresa de tecnologia que investiu bilhões de dólares na OpenAI, companhia de IA, teve acesso ao ChatGPT-4 antes de seu lançamento público oficial. O que a possibilitou testar a ferramenta e chegar a apontamentos bem interessantes sobre o recurso. Posteriormente, os profissionais publicaram um artigo de 155 páginas sobre a experiência.

Nas páginas do documento, a equipe de pesquisa revela que o GPT-4 representa um salto significativo rumo à tão almejada Inteligência Artificial Geral (AGI, na sigla em inglês). O conceito que define um sistema capaz de raciocinar, planejar e aprender com experiências em um patamar comparável, ou até superior, ao dos seres humanos.

Para elucidar a distinção entre verdadeira aprendizagem e mera memorização, os pesquisadores desafiaram o GPT-4 a “Desenhar um unicórnio em TikZ” em três ocasiões diferentes, ao longo de um mês. O resultado dessas requisições foi revelado no artigo, exibindo uma progressiva sofisticação nas ilustrações concebidas pelo GPT-4.

Os pesquisadores, ao longo de suas investigações, constataram que o GPT-4, embora seja essencialmente um gigantesco modelo de linguagem, já demonstra notáveis habilidades em diversas áreas e tarefas, como abstração, codificação, visão, matemática, direito, compreensão das motivações humanas, medicina e até mesmo emoções.

Ainda que apresente algumas limitações, como falhas ocasionais, resultados fictícios e erros básicos de aritmética, o GPT-4 avançou significativamente no domínio do bom senso, conforme relato do grupo de pesquisadores da Microsoft.

Para aprofundar ainda mais a exploração de suas capacidades, a equipe propôs uma tarefa adicional ao GPT-4: “Você seria capaz de criar uma prova de que existem infinitos números primos com cada linha rimando poeticamente?”

O Dr. Bubeck, antigo professor da Universidade de Princeton e membro da equipe de pesquisa, ao compartilhar suas impressões com o The New York Times, expressou sua admiração pela habilidade poética do GPT-4, tanto do ponto de vista matemático quanto linguístico. “Em dado momento, cheguei a me questionar: o que está acontecendo aqui?”, disse o profissional.

Embora encantados com as proezas do modelo de aprendizagem da ferramenta, os pesquisadores também manifestam um saudável ceticismo, deixando claro no documento de pesquisa: “Reconhecemos que essa abordagem é subjetiva e informal, e talvez não atenda aos rigorosos padrões de avaliação científica”.

Fonte: Tecmundo

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