Tirolesa que quebrou e matou turista no Ceará foi instalada em ‘terreno instável’

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A tirolesa que quebrou matando o paraense Sergio Murilo Lima de Santana, 39 anos, na Praia de Canoa Quebrada, no litoral do Ceará, em outubro do ano passado, estava instalada em um “terreno instável”, conforme concluiu o laudo pericial Perícia Forense do Estado (Pefoce)

“Concluo ter havido um acidente na tirolesa periciada, ocasionado por: a instalação do sistema de fixação em terreno instável que não oferecia resistência suficiente para construção; a utilização de colunas de tamanho insuficiente e pouco engastadas; e a implementação do sistema com uma dinâmica entre o mastro de elevação e o ponto de fixação que concentrava grande parte da força de tensão no eixo horizontal”, diz um trecho do laudo.

Ainda segundo o documento, as irregularidades constatadas no equipamento influenciaram diretamente para o rompimento da viga e a queda da vítima.

“Dessa forma, o sistema de fixação, quando submetido à tensão produzida pela soma da massa do cabo e da vítima, sofreu um esforço que resultou na rotação em torno de seu centro de massa, cedendo para frente o suficiente para que o cabo e a vítima colidissem com o solo”, consta do documento.

Sergio Murilo estava no local a passeio e filmou a queda da tirolesa que o levou à morte. O acidente também foi registrado pela companheira dele, que havia descido no equipamento momentos antes.

Além do que foi constatado pelo laudo pericial, foi descoberto após o acidente que a tirolesa estava instalada em uma Área de Preservação Permanente (APP). A informação foi repassada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE).

Por conta disso, o órgão ministerial solicitou levantamentos complementares para apurar as possíveis condutas criminosas de agentes públicos responsáveis pela fiscalização do local.

“Em paralelo, o Ministério Público requisitou diligências complementares, para que possamos apurar possíveis condutas criminosas de agentes públicos responsáveis pela fiscalização do brinquedo. Até porque, a tirolesa está instalada em Área de Preservação Permanente”, disse a promotora de Justiça, Nara Rúbia.

A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) informou que o trabalho de vigilância é da Prefeitura de Aracati, que possui órgão fiscalizador. Contudo, a gestão municipal disse que até esta terça-feira ainda não foi notificada pelo MPCE.

Fonte- G1

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