Ceará começa julho com 21 açudes sangrando e reserva com 50% do volume
Um mês após o fim da quadra chuvosa, o Ceará tem 21 açudes sangrando e outros 50 com volume acima de 90%. Reserva hídrica do estado é de 50,1% da capacidade dos 157 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Ao final de maio, quando foi encerrada a quadra chuvosa, iniciada em fevereiro, o Estado tinha 51% da capacidade de armazenamento. Essa foi a maior reserva desde dezembro de 2012.
Em situação de alerta, 34 reservatórios estão com volume inferior a 30% da capacidade, conforme dados extraídos neste domingo, 2. No mês de junho, o Ceará registrou 30,4 milímetros (mm) de chuvas. Número é 18,8% menor do que a média histórica de precipitações observada para o mês, que é de 37,5 mm.
Contudo, volume observado é classificado na categoria “dentro da média” pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), que abrange intervalo de 25,27 mm a 50,76 mm no referido mês.
As 12 bacias hidrográficas do Estado mantêm a situação apresentada há um mês. Seis em situação “muito confortável”: Acaraú (91,73%), Coreaú (96,43%), Litoral (95,9%), Região Metropolitana (80,47%), Baixo Jaguaribe (96,2%) e Serra da Ibiapaba (72,59%), que mantêm volumes acima de 70%.
No outro extremo, quatro bacias continuam em “alerta”: Curu (36,90%), Sertões de Crateús (29,27%), Médio Jaguaribe (30,74%) e Banabuiú (41,43%). As bacias do Salgado (66,71%) e Alto Jaguaribe (64,26%) ainda operam na zona “confortável”, com mais de 50% de reserva hídrica acumulada.
Como foi a quadra chuvosa de 2023
Conforme dados da Funceme, o Ceará somou 643,3 milímetros ao longo dos quatro meses do período de chuvas. Em fevereiro, as chuvas ficaram em torno da normal, com 114,8 mm acumulados.
Março foi o mês mais chuvoso, com acumulado de 300,3 mm, o que representa um desvio positivo de 47,6% acima da normal climatológica. Bons volumes de chuvas foram associados à proximidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), especialmente na segunda quinzena de março.
Em abril, a precipitação média foi de 182,3 mm, volume classificado como em torno da normal climatológica. O mês de maio registrou menor volume de chuvas em relação à média histórica, com um acumulo de 45,9 mm. Um desvio negativo de 49,3%. Conforme a Funceme, isso se deu por conta do afastamento da ZCIT.
Fonte- O Povo