Tarcísio diz que vai criar programa de escolas militares em São Paulo
Tarcísio se manifestou após Lula anunciar fim de programa criado por Jair Bolsonaro; governador disse que foi aluno de colégio militar.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi às redes anunciar que vai criar um modelo próprio de escolas cívico-militares no estado. O anúncio foi feito no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu acabar com o programa nacional.
“Fui aluno de Colégio Militar e sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que escola transmita valores corretos para os nossos jovens. O @governosp vai editar um decreto para regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar unidades de ensino com este formato em todo o Estado”, postou Tarcísio.
As escolas cívico-militares foram uma bandeira de governo da gestão Jair Bolsonaro (PL). Tarcísio, eleito em São Paulo com auxílio do bolsonarismo, fez o anúncio em um momento em que sua relação com esse grupo político passa por um teste.
Tarcísio defendeu a aprovação da reforma tributária e foi hostilizado por bolsonaristas em uma reunião na presença de Bolsonaro, na semana passada. No fim de semana, governador e ex-presidente se reaproximaram e o clã Bolsonaro publicou elogios públicos nas redes sociais.
O fim do programa nacional de escolas militares foi uma decisão conjunta dos ministérios da Educação e da Defesa, informada aos secretários estaduais de Educação por meio de ofício enviado na segunda-feira (10/7).
O documento comunica o encerramento progressivo do programa e a “desmobilização do pessoal das Forças Armadas lotado nas unidades educacionais vinculadas ao programa”.
O ofício também afirma que medidas serão adotadas gradualmente para o encerramento do ano letivo “dentro da normalidade”. O documento não informa quais seriam essas medidas.
Atualmente, 203 escolas funcionam dentro do modelo de gestão compartilhada entre civis e militares pensado pelo governo Bolsonaro. Elas atendem 192 mil alunos em 23 estados e no Distrito Federal. Cada unidade recebeu R$ 1 milhão do governo federal para adaptação ao modelo.
Fonte: Metrópoles