Mega-assalto: com submetralhadora e fuzis, bandidos provocaram queda de energia para invadir empresa de agrotóxicos.

Criminosos fortemente armados invadiram a sede de uma empresa de defensivos agrícolas, localizada na zona rural de Uberaba, na região do Triângulo Mineiro, na semana passada, e roubaram uma carga de inseticidas avaliada em R$ 50 milhões.

Cerca de 30 funcionários foram feitos reféns durante a ação. O mega-assalto aconteceu na última quinta-feira (27/07) e até agora, a carga de inseticidas não foi localizada. Segundo o Boletim de Ocorrência, os vigilantes que estavam de plantão na sede da Sipcam Nichino, tradicional empresa que atua no segmento de agroquímicos e protetores de lavouras, relataram duas quedas de energia atípicas na unidade no dia do assalto.

Por volta das 23h30, durante a segunda queda de energia, os criminosos renderam o segurança.
Após a rendição dos seguranças, os assaltantes, cerca de vinte pessoas que usavam capuzes e estavam fortemente armados com submetralhadoras, fuzis e pistolas, entraram na empresa pelos fundos. Um dos bandidos fez uma ronda de motocicleta pela empresa e os demais, renderam outros 30 funcionários em um refeitório.

Alguns trabalhadores foram forçados a carregar os caminhões com o inseticida Altacor, que é utilizado em culturas como arroz, cana-de-açúcar, café, maçã e pêssego para o controle seletivo de lagartas e brocas. O produto estava em embalagens de 5 quilos e 25 quilos.

Segundo a polícia, 37 toneladas de inseticidas, carga avaliada em R$ 50 milhões, foram colocadas em três caminhões e duas caminhonetes. Após a saída dos veículos da empresa, parte do grupo de assaltantes permaneceu no local para garantir que nenhuma vítima entrasse em contato com a polícia.

A Polícia Civil de Uberaba informou que fez uma perícia na empresa para apurar detalhes do crime e instaurou um procedimento investigativo sobre o assalto. Até agora, a carga roubada não foi localizada. Em nota, a Sipcam Nichino informou que colaborando com as investigações e que nenhum funcionário ou agente de segurança sofreu violência física durante a ação.

“Em face do ocorrido na última quinta-feira, na unidade industrial de Minas Gerais, a companhia informa que está colaborando com as investigações. Ressalta que não houve violência contra funcionários e agentes de segurança e que presta apoio às pessoas presentes no local no momento da ação criminosa. Informa também que investe continuamente em segurança, para proteger pessoas, patrimônio e a comunidade onde atua. A companhia enfatiza, ainda, que a ocorrência não compromete o abastecimento do mercado”.

Fonte: Band