Padre Airton e funcionários da Fundação Terra viram réus por crimes sexuais em Pernambuco
Segundo MPPE, as denúncias foram recebidas pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O padre Airton Freire e outros funcionários da Fundação Terra se tornaram alvos de duas denúncias de estupro e outros crimes sexuais encaminhadas à Justiça. O pároco, junto dos demais acusados, se tornam, agora, réus, e serão julgados. Pelo menos cinco casos são investigados pela Polícia Civil, enquanto dois deles foram concluídos pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Um dos casos é o da personal stylist Silvia Tavares, que tornou a acusação de estupro pública no mês de maio deste ano. Em depoimento, ela afirmou que o crime em questão teria ocorrido em agosto de 2022, a mando do padre pelo motorista dele, Jailson Leonardo da Silva, de 46 anos.
Ao todo, cinco pessoas denunciaram abuso que teriam sido cometidos tanto por padre Airton como por funcionários da Fundação Terra. O religioso segue preso desde julho deste ano, mas está internado no Hospital Português, no Recife, após ter apresentado “princípio de AVC”.
O Ministério Público de Pernambuco confirmou que o Tribunal de Justiça de Pernambuco recebeu as denúncias.
Padre Airton Freire, de 67 anos: acusado de abuso e de ter autorizado abusos contra vítimas;
Landelino Rodrigues da Costa Filho, de 34 anos: preso em Garanhuns, ele trabalhava com comunicação e filmagem das missas e eventos da Fundação Terra;
Jailson Leonardo da Silva, de 46 anos: suspeito de estuprar a personal stylist Sílvia Tavares;
Motorista indiciado por falso testemunho: não teve o nome divulgado porque, segundo a polícia, não há mandado de prisão contra ele.
A defesa de Padre Airton se manifestou por meio de nota, apontando que “existem provas técnicas e testemunhais” capazes de atestar a inocência dele. Entretanto, elas não poderiam ser divulgas, já que as investigações estão em segredo de Justiça.
No mesmo comunicado, a defesa do padre afirma que a prisão dele “fere a legislação brasileira e o direito internacional”. Enquanto isso, a defesa de Jailson Leonardo da Silva afirma que não teve acesso à denúncia.
Fonte: Correio de Pernambuco