Família de Tim Maia deve receber R$ 4 milhões do Corinthians

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Corinthians é processado pela família de Tim Maia por uso de música sem autorização da gravadora e dos herdeiros do cantor carioca.

O Sport Club Corinthians Paulista está sendo processado pela família de Tim Maia por uso indevido da música “Não quero dinheiro (Só quero amar)”. O time usou trechos e melodia da canção em campanhas publicitárias durante o Campeonato Mundial de Clubes de 2012.

Em processo aberto no Tribunal de Justiça de São Paulo, a família do músico carioca afirma que o clube criou uma versão da obra sem a autorização prévia dos herdeiros de Tim e da Warner/Chappell Music, gravadora que detém os direitos autorais da canção.

Na ocasião, o Corinthians usou trechos de “Não quero dinheiro (Só quero amar)” em comerciais que foram veiculados na televisão, streaming e redes sociais, além de estampar camisetas que foram comercializadas.

A versão do clube substituiu algumas palavras, mas manteve a melodia: “A semana inteira, fiquei esperando / Pra te ver Corinthians, Pra te ver jogando / Quando a gente ama / Não mede esforço / Pra te ver jogar! Te ver jogar, te ver jogar!”.

No processo consta que o time de futebol promoveu sua marca e a dos patrocinadores com o auxílio da música composta por Tim Maia em 1971. A família alega que sem a música a “publicidade ficaria descaracterizada”, o que confirma a vantagem financeira recebida pelo clube.

Corinthians se defende de acusações da família de Tim Maia
A defesa do Corinthians afirma que a versão foi criada pelos torcedores do time e o vídeo foi produzido pela Rede Globo, além de detalhar que os trechos foram interpretações produzidas com novas palavras, conhecido como paráfrase.

A Justiça de São Paulo não aceitou o argumento, concluindo que o texto “não constitui mera paráfrase” e que a versão “manteve a melodia da música amplamente conhecida”. O Corinthians ainda assim realizou “exploração econômica”.

O Sport Club Corinthians Paulista deverá pagar uma indenização no valor de R$ 4 milhões, mas ainda poderá recorrer.

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