Tripulantes de helicóptero desaparecido na Amazônia são encontrados com vida

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Não havia informações sobre a aeronave desde a última quarta-feira (16).

Os três tripulantes de um helicóptero que desapareceu na última quarta-feira (16) após sair polo base Bona, na Aldeia Maritepu, na Amazônia, foram encontrados com vida. As informações foram confirmadas pelo comandante do Grupo Tático Aéreo (GTA), Pinon.

A aeronave desapareceu após decolagem de uma aldeia na Terra Indígena Parque Tumucumaque, que abrange o norte do Pará e o oeste do Amapá. O helicóptero deveria ter pousado em Macapá, o que não ocorreu.

Estavam a bordo o engenheiro da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), José Francisco Vieira; o comandante da aeronave, tenente-coronel Josilei Gonçalves de Freitas; e um mecânico, Gabriel, de acordo com informação divulgada em nota pela Funai e pela Sesai (Secretaria de Saúde Indígena), do Ministério da Saúde.

O helicóptero que desapareceu em região de densa floresta amazônica não poderia servir ao comércio de serviços aéreos e transporte de passageiros. A informação foi confirmada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), conforme a Folha de São Paulo.

O registro no sistema da agência mostra que a aeronave de prefixo PR-BGF tem “operação negada para táxi aéreo”, e que a categoria é para “serviço aéreo privado”. O helicóptero é operado pela empresa Sagres Táxi Aéreo, sediada em Brasília.

Ela foi contratada pelo DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) Amapá, vinculado ao Ministério da Saúde, em fevereiro deste ano, por dispensa de licitação. O valor do contrato, em vigor até o último dia 15, é de R$5,7 milhões.

A contratação se deu em caráter emergencial, para atendimento em saúde indígena, com transporte de equipes médicas, cargas, pacientes indígenas e necessidades administrativas. Conforme o portal da transparência, do Governo Federal, a Sagres já recebeu R$5,8 milhões da União.

A equipe fazia inspeção de pistas de pouso na região, segundo Funai e Sesai. No território vivem 2800 indígenas, de quatro etnias e dois grupos de isolados, conforme levantamento do ISA (Instituto Sócio-Ambiental).

A FAB (Força Aérea Brasileira) faz buscas no trecho que deveria ter sido pelo helicóptero. Até o começo da noite da última sexta-feira (18), após 23 horas de voo, não havia informação sobre localização do veículo. A Aeronáutica utiliza duas aeronaves nas buscas.

A informação sobre o prefixo da aeronave fornecida foi fornecida pela FAB. “A situação da aeronavegabilidade do helicóptero de matrícula PR-BGF, no cadastro da Anac, está regular”, disse a agência, em nota.

“No entanto, cabe pontuar que a categoria da aeronave TPP, na qual está registrado, se aplica somente ao transporte aéreo privado, não podendo comercializar serviços aéreos, incluindo o transporte de passageiros”.

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