Arrecadação federal tem queda real em julho, mas acumula alta no ano
Segundo a Receita, o desempenho foi influenciado por fatores não recorrentes
A Receita Federal divulgou que a arrecadação de impostos e contribuições federais no Brasil foi de R$ 201,8 bilhões em julho, o segundo maior valor para o mês desde 1995. No entanto, o resultado representa uma queda real (descontada a inflação) de 4,2% em relação a julho de 2022, quando foi registrado o recorde histórico de R$ 228,4 bilhões.
No acumulado do ano, a arrecadação somou R$ 1,344 trilhão, com uma alta real de 0,39% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a Receita, o desempenho foi influenciado por fatores não recorrentes, como pagamentos atípicos de IRPJ e CSLL e alterações na legislação tributária.
Sem esses fatores, a arrecadação teria crescido 4,69% no ano e 1,35% em julho. A Receita destaca que houve aumento na arrecadação de tributos relacionados à atividade econômica, como PIS/Cofins, Cide-Combustíveis e IPI.
Por outro lado, houve queda na arrecadação do imposto de importação e do IPI vinculado à importação, devido à redução do valor em dólar das importações e da taxa de câmbio. As alíquotas médias efetivas desses tributos aumentaram, mas não foram suficientes para compensar a queda no volume importado.