Fiocruz ensina como melhorar ventilação e iluminação de casas em favelas para prevenir doenças

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A proposta inicial era selecionar 40 casas da comunidade e elaborar plantas arquitetônicas modelos

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolveu um projeto chamado Habitação Saudável, que visa orientar os moradores de favelas a fazerem reformas simples e baratas em suas casas, para evitar a propagação de doenças respiratórias, como a tuberculose e a covid-19. O projeto surgiu há quatro anos, a partir de um estudo que mostrou que a incidência de tuberculose no Complexo de Manguinhos, no Rio de Janeiro, estava relacionada às condições precárias das moradias na região.

A proposta inicial era selecionar 40 casas da comunidade e elaborar plantas arquitetônicas modelos, com soluções como o uso de cobogós (tijolos vazados), abertura de janelas e lajes com caimentos corretos, que melhoram a circulação de ar, a iluminação e o controle de infiltrações e mofo. No entanto, a pandemia de covid-19 impediu que o projeto fosse executado como planejado, e a Fiocruz optou por capacitar 130 agentes comunitários e produzir material educativo, como vídeos e uma cartilha, para ensinar os moradores a fazerem as melhorias por conta própria.

Segundo a pneumologista Patrícia Canto Ribeiro, coordenadora do projeto, as “casas doentes” são locais que favorecem a transmissão de doenças e também podem piorar quadros de asma, bronquite e alergias. Ela afirma que a ideia é retomar o projeto original assim que possível, com a visita de arquitetos às casas da favela, mas para isso é preciso conseguir financiamento. Ela diz que está buscando contato com parlamentares que possam apoiar a iniciativa, que também pode ser levada a outras comunidades do país.

“A gente entende que casas deveriam ser um direito de todos. Mas as casas têm que ser seguras”, conclui Patrícia.

: Cartilha Habitação Saudável

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