Funcionários da Democrata evacuam galpão após incêndio nas imediações
Só nos primeiros dois meses desse 2º semestre, já foram nove combates a incêndios florestais atendidos em Santa Quitéria e com uma triste tendência a piorar.
Funcionários da fábrica de calçados Democrata tiveram que evacuar o galpão que fica na CE-176, na saída para Catunda, no Mini Distrito Industrial, após um incêndio de grandes proporções tomar de conta das imediações.
A nuvem de fumaça pôde ser avistada de vários bairros. Técnicos de segurança da fábrica já haviam realizado o resfriamento no entorno, porém foi necessária a intervenção do grupamento de bombeiros civis para tentar controlar o fogo, que se alastrou e avançou sobre o matagal no loteamento Conviver.
Um caminhão-pipa foi enviado pela Prefeitura Municipal para ir debelando os focos, além do Corpo de Bombeiros de Ipueiras que também foi acionado. Alguns tambores que estavam por trás do galpão, com materiais inflamáveis e descartados de trabalho, chegaram a ser atingidos.
Só nos primeiros dois meses desse 2º semestre, já foram nove combates a incêndios florestais atendidos em Santa Quitéria e com uma triste tendência a piorar, devido as altas temperaturas e baixa umidade neste período.
O superintendente do IMASQ, João Costa Filho, explica que o tempo seco contribui para os incêndios ou até mesmo ocorre de maneira criminosa, quando as pessoas ateiam fogo pra queimar lixo ou brocar o seu espaço de plantio. Segundo ele, os fatores mais prejudiciais são: o transtorno que a fumaça causa ao dispersar dióxido de carbono, pois prejudica quem têm doenças respiratórias; a médio prazo causa a desertificação, o que deixa a terra improdutiva e a longo prazo, as mudanças climáticas.
Estes fatos em Santa Quitéria estão sendo monitorados pela superintendência e no interior, com as associações comunitárias, que informam sobre os incêndios rapidamente. Além disso, está sendo desenvolvido um mapeamento no município para acompanhar pontos de calor via satélite em parceria com a Funceme, utilizando um satélite francês que identifica possíveis focos a partir do calor.
O Corpo de bombeiros reafirma os cuidados para evitar que os incêndios aconteçam: conscientização, limpeza dos terrenos e multas a pessoas infratoras. A prática de queimadas urbanas é um crime previsto na Lei de Crimes Ambientais, nº 9.605 de 1998, com pena de reclusão de três a seis anos e multa.