Energia elétrica puxa alta da prévia da inflação em agosto, diz IBGE
O item energia elétrica ficou 4,59% mais caro na média nacional
A prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), subiu para 0,28% em agosto deste ano, depois de registrar deflação (queda de preços) de 0,07% em julho. Em agosto do ano passado, o índice havia ficado em -0,73%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou a pesquisa, o IPCA-15 acumula 3,38% no ano e 4,24% em 12 meses, acima dos 3,19% observados na prévia de julho.
O principal responsável pela alta da prévia da inflação em agosto foi o grupo habitação, que teve inflação de 1,08%, influenciada pelo aumento das tarifas de energia elétrica residencial em cidades como Curitiba, Porto Alegre e São Paulo. O item energia elétrica ficou 4,59% mais caro na média nacional.
Outros grupos que apresentaram taxas de inflação significativas foram saúde e cuidados pessoais (0,81%), puxado pelo aumento de 1,59% nos produtos de higiene pessoal; educação (0,71%), por causa da alta de 0,74% nos cursos regulares; e transportes (0,23%), com destaque para os aumentos nos preços da gasolina (0,90%) e do gás veicular (1,88%).
Por outro lado, os alimentos e bebidas ajudaram a segurar a inflação, com queda média de preços de 0,65% em agosto. Os itens que mais contribuíram para a deflação foram a batata-inglesa (-12,68%), o tomate (-5,60%), o frango em pedaços (-3,66%), o leite longa vida (-2,40%) e as carnes (-1,44%)
O grupo vestuário também teve deflação (-0,03%). Os demais grupos tiveram as seguintes variações de preços: despesas pessoais (0,60%), comunicação (0,04%) e artigos de residência (0,01%).