Os ex-PMs foram contratados pelo emprensário para executar a vítima

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) denunciou à Justiça o empresário Ernesto Wladimir de Oliveira Barroso e os ex-policiais militares José Luciano Souza de Queiroz e Glauco Sérgio Soares do Bonfim pelo assassinato do advogado Francisco Di Angellis Duarte de Morais, ocorrido em maio deste ano no bairro Parquelândia, em Fortaleza.

Segundo a acusação, o crime foi motivado por uma desavença entre o empresário e o advogado, que teria recebido R$ 800 mil para apagar reportagens que prejudicavam a imagem de Ernesto. Os ex-PMs foram contratados para executar a vítima, que foi surpreendida por disparos de arma de fogo quando chegava em sua casa.

Para realizar o crime, os denunciados instalaram um rastreador no carro do advogado, que permitiu que eles soubessem a sua localização exata no dia do homicídio. O rastreador foi colocado durante um encontro entre Ernesto e Di Angellis em uma padaria no município do Eusébio, onde eles teriam encerrado as negociações.

O MPCE pediu que os três sejam julgados pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, além de associação criminosa. O órgão também solicitou que eles sejam condenados a pagar R$ 1 milhão de indenização à família da vítima.