Cigarros baratos estimulam consumo entre adolescentes, alerta Inca

Foto: Agência Brasil
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O estudo, feito em parceria com a Universidade de Illinois, em Chicago, Estados Unidos, foi publicado na revista Tobacco Control

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou uma pesquisa que mostra que o preço baixo dos cigarros fabricados no Brasil e dos cigarros contrabandeados favorece o consumo entre adolescentes. O estudo, feito em parceria com a Universidade de Illinois, em Chicago, Estados Unidos, foi publicado na revista Tobacco Control, uma das principais publicações sobre controle do tabaco no mundo.

Segundo o pesquisador do Inca, André Szklo, autor do estudo, o preço do cigarro está congelado desde 2016, sem reajuste do imposto e do preço mínimo estabelecido por lei. Com isso, o produto fica mais acessível para a população, especialmente para os jovens. Além disso, a indústria pressiona para manter o preço baixo, para inibir o contrabando.

“É uma estratégia que acaba casando: não tem o reajuste da política fiscal sobre os produtos derivados do tabaco e a indústria pressiona para o preço ficar baixo, para inibir o contrabando. E o que a gente já está observando é um reflexo natural na proporção de fumantes entre os jovens e adolescentes, especialmente meninas”, afirmou Szklo.

O pesquisador alertou ainda que o consumo de cigarros entre os adolescentes é preocupante, pois aumenta o risco de dependência e de doenças relacionadas ao tabagismo. Ele defendeu que o aumento do preço e do imposto sobre os cigarros é uma medida eficaz para reduzir o consumo e proteger a saúde pública.

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