Estudantes da Uece fazem ato por mais segurança na Universidade
Estudantes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) realizaram na manhã desta segunda-feira, 11, uma manifestação por mais segurança na Universidade, na unidade localizada no campus do Itaperi, em Fortaleza. Na última quinta-feira, 7, o corpo do menino Heitor Viana Kobayashi, de 9 anos, foi encontrado sem vida em uma lagoa dentro do campus.O ato ocorreu em frente à reitoria da Universidade, por volta das 9 horas, e em seguida seguiu para a avenida Silas Munguba.
Durante a manifestação dos estudantes, foram realizados discursos em prol da segurança da instituição de ensino superior, com cartazes que reforçaram o pedido. Além da segurança, os alunos também cobraram melhorias na infraestrutura do local.
Segundo a estudante de Pedagogia Lívia Souza, a segurança durante o período diurno parece ser mais eficaz, mas à noite o cenário é diferente. “À noite não é nada seguro, quase não tem ninguém pela Uece, a iluminação é péssima, e é muito difícil ver a segurança nos corredores e nos espaços da Uece que quase ninguém vai, como perto da lagoa”, cita.
“Tem duas entradas da Uece, mas só existe segurança em uma parte. À noite é muito perigoso, a gente não tem iluminação, e a segurança não funciona direito à noite. Os muros são baixos, qualquer pessoa tem acesso muito fácil à Uece”, cita.
A estudante ainda comenta que os blocos mais afastados não recebem reformas de infraestrutura, apenas blocos mais centrais, como o de Medicina. “Tem essa parte do elitismo. Chega para uns e não chega para outros”, pontua.Na última quinta-feira, 7, o corpo do menino Heitor Viana Kobayashi Silva foi encontrado na lagoa da Uece. O menino tinha desaparecido na quarta-feira, 6, nos arredores da instituição de ensino superior. A criança era autista, não se comunicava verbalmente e abriu a janela do carro enquanto a mãe saiu do veículo para ir ao banco.
A estudante do período noturno do curso de Pedagogia, Rita Queiroz, 41, cita que o principal problema da Universidade é a falta de segurança.
“A falta de segurança é gritante, e temos um déficit de aulas por conta de segurança. As aulas aqui deveriam ser até às 22 horas, mas normalmente temos aulas até às 20h30min porque, por exemplo, no meu curso que é composto quase todo por mulheres, é muito perigoso sair daqui muito tarde. Os guardinhas são concentrados apenas na entrada”, pontua.
Fonte- O povo