Energia elétrica puxa inflação oficial para 0,23% em agosto, diz IBGE
Segundo dados divulgados pelo IBGE a energia elétrica contribuiu para o percentual de 0,23%
A conta de luz ficou mais cara em agosto e foi o principal fator de pressão sobre a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o custo da energia elétrica subiu 4,59% no mês, contribuindo com 0,15 ponto percentual para o IPCA, que ficou em 0,23%.
O aumento da tarifa de energia elétrica foi provocado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, que havia tido saldo positivo em 2022 e reduzido o valor das contas de luz em julho. Além disso, foram aplicados reajustes nas tarifas em Vitória, Belém e São Luís.
Com isso, o grupo habitação teve a maior alta entre os nove grupos de despesa pesquisados pelo IBGE, com 1,11% em agosto. Outros grupos que também tiveram impactos relevantes na taxa de inflação foram saúde e cuidados pessoais (0,58%) e transportes (0,34%).
Na saúde, os produtos para pele (4,50%) e os perfumes (1,57%) ficaram mais caros. Já nos transportes, os preços do automóvel novo (1,71%), da gasolina (1,24%) e do óleo diesel (8,54%) subiram.
Por outro lado, os alimentos continuaram apresentando queda (-0,85%), devido ao recuo de produtos como batata-inglesa (-12,92%), feijão-carioca (-8,27%), tomate (-7,91%), leite longa vida (-3,35%), frango em pedaços (-2,57%) e carnes (-1,90%).
O IPCA acumula taxa de 3,23% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,61%, ainda dentro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, que é de 1,75% a 4,75%.