Vacina contra hepatite B previne câncer de fígado e deve ser aplicada logo após o nascimento
A vacina é a primeira a prevenir contra um tipo de câncer de fígado que pode ser causado pelo vírus HBV
A vacina contra a hepatite B, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças, adolescentes e adultos, é a principal forma de prevenir essa doença, que pode ser transmitida sexualmente, pelo contato com o sangue e durante a gestação, da mãe para o bebê. Além disso, a vacina é a primeira a prevenir contra um tipo de câncer, o de fígado, que pode ser causado pelo vírus HBV, responsável pela hepatite B.
A infectologista Raquel Stucchi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, destaca que a vacinação contra a hepatite B diminuiu drasticamente os casos de cirrose e câncer de fígado no país. Ela explica que o vírus HBV é um antígeno silencioso, que pode demorar anos até ser notado pelo hospedeiro. Quando isso acontece, entretanto, muitas vezes o estrago provocado já resultou em uma lesão grave no órgão.
Por isso, a vacina contra a hepatite B deve ser administrada nos bebês logo após o nascimento, nas primeiras 24 horas de vida, e preferencialmente nas primeiras 12 horas, ainda na maternidade. Essa medida visa impedir que o bebê seja contaminado pelo vírus da hepatite B, caso sua mãe viva com a infecção. Essa forma de transmissão é chamada na medicina de transmissão vertical.
O pediatra Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que essa agilidade garante que o bebê não desenvolva um quadro crônico da doença, que pode levar ao câncer de fígado no futuro. Ele acrescenta que impedir a formação de um quadro crônico é também contribuir para o bloqueio do vírus.
O calendário vacinal da criança prevê que a proteção contra a hepatite B também se dá por meio da vacina pentavalente, que deve ser aplicada aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses. Além dessa forma de hepatite, a vacina previne contra difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus influenzae B, causador de um tipo de meningite.
Já a partir dos 7 anos completos, quando não houver comprovação vacinal contra a hepatite B ou quando o esquema vacinal estiver incompleto, a recomendação é completar três doses com a vacina específica da hepatite B, com intervalo de 30 dias da primeira para a segunda dose e de 6 meses entre a primeira e a terceira. Essa recomendação inclui adolescentes, adultos e especialmente gestantes.
A recomendação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) aos candidatos ao cargo de conselheiro tutelar para o quadriênio 2024/2028 foi expedida na última sexta-feira (08/09) pela 78° Promotoria de Justiça de Fortaleza, que fiscaliza o processo de escolha dos novos membros do Conselho Tutelar. A eleição está marcada para o dia 1° de outubro e os candidatos devem observar as normas estabelecidas pela lei e pela resolução específica do Comdica. A recomendação também foi encaminhada à Fundação da Família e Criança Cidadã (Funci), ao Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Estado do Ceará (Cedca) e aos Colegiados do Conselho Tutelar de Fortaleza para que promovam a divulgação deste documento em suas sedes.