Governo central registra déficit de R$ 25,7 bilhões em agosto, aponta Ipea

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O resultado representa uma melhora em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o déficit foi de R$ 52,7 bilhões

O governo central, que engloba o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, registrou um déficit primário de R$ 25,7 bilhões em agosto deste ano, segundo estimativa divulgada nesta quarta-feira (13) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O resultado representa uma melhora em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o déficit foi de R$ 52,7 bilhões.

O déficit primário ocorre quando as despesas do governo superam as receitas com impostos e contribuições. Em agosto, as receitas líquidas do governo central somaram R$ 134,6 bilhões, enquanto as despesas totalizaram R$ 160,3 bilhões.

No acumulado do ano, o déficit primário chega a R$ 102,9 bilhões. No mesmo período de 2022, o governo central havia registrado um superávit de R$ 26,3 bilhões.

Segundo o Ipea, a queda na receita líquida em agosto foi de 7,1% na comparação com o mesmo mês de 2022. As receitas não administradas pela Receita Federal caíram 30,1%, enquanto as receitas administradas pela Receita recuaram 8,4%. Apenas a arrecadação do Regime Geral de Previdência Social teve um aumento de 3%.

Entre os tributos administrados pela Receita Federal, apenas o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-combustíveis) tiveram crescimento em relação a agosto de 2022. Os demais tributos apresentaram queda.

Do lado das despesas, o Ipea destacou o aumento dos gastos com controle de fluxo em 56%, influenciado pelo pagamento do Bolsa Família. Por outro lado, houve redução nas despesas com previdência e pessoal (-91%), créditos extraordinários (-97%) e despesas discricionárias (-48%).

O Ipea ressaltou que os dados são estimativas baseadas nos relatórios diários do Tesouro Nacional e podem sofrer alterações quando forem divulgados os dados oficiais pelo Banco Central.

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