Unicef cria laboratório para a inclusão produtiva dos jovens brasileiros

Foto:Paulo Pinto/Agencia Brasil
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A iniciativa que visa apoiar, mobilizar e incentivar o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a inserção dos jovens no mercado de trabalho

O Brasil tem um dos maiores índices de jovens que não estudam e não trabalham, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Para enfrentar esse desafio, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou, em São Paulo, o Laboratório de Inclusão Produtiva das Juventudes (Linc), uma iniciativa que visa apoiar, mobilizar e incentivar o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a inserção dos jovens no mercado de trabalho.

O Linc foi lançado na Cinemateca Brasileira, durante o Encontro Educação e Trabalho: Perspectivas da Educação Profissional e Tecnológica. O laboratório é fruto de uma parceria entre o Unicef, o Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas, o Itaú Educação e Trabalho e o Instituto Unibanco.

A ideia é que o Linc mapeie as boas práticas, as experiências exitosas e as políticas públicas que já existem no país e que possam servir de inspiração para outras iniciativas. Além disso, o laboratório vai oferecer formação, reconhecimento, produção de conhecimento acadêmico, apoio técnico e monitoramento de indicadores sobre a inclusão produtiva dos jovens.

A chefe de Educação do Unicef Brasil, Monica Pinto, explicou que o Linc pretende ser uma “grande aliança” entre o poder público, o setor privado e a sociedade civil organizada para oferecer oportunidades aos jovens que estão fora da escola e do trabalho. “Temos mais de 20% de jovens que não estão desenvolvendo suas habilidades e competências, que não estão estudando e não estão tendo acesso a uma oportunidade de trabalho. Estamos desperdiçando a juventude do nosso país”, afirmou.

A superintendente do Itaú Educação e Trabalho, Ana Inoue, reforçou que é preciso dar condições para que os jovens possam continuar se desenvolvendo e se inserir no mundo do trabalho. “Temos, atualmente, 20% dos jovens de 18 a 24 anos na universidade e 80%, fora. Temos 88% das matrículas de jovens na educação pública. E a gente precisa dar a esses jovens condições de inclusão no mundo do trabalho, de forma com que eles possam continuar se desenvolvendo. Precisamos dar condições para esse jovem seguir adiante”, disse.

Segundo dados recentes do Ministério do Trabalho e Emprego, 5,2 milhões de jovens entre 14 e 24 anos de idade estão desempregados hoje no Brasil. O Brasil é o segundo país, de um total de 37 analisados pela OCDE, com maior proporção de jovens, com idade entre 18 e 24 anos, que não estudam e não trabalham. O país fica atrás apenas da África do Sul.

A assessora de imunizações da OPAS, Lely Guzman, destacou que a vacinação dos idosos estava entre as preocupações da organização ao instituir a Década do Envelhecimento Saudável entre 2021 e 2030. No fim desse período, uma em cada seis pessoas no continente americano terá mais de 60 anos.

O Linc faz parte dos esforços do Unicef para garantir os direitos das crianças e dos adolescentes no Brasil. A organização defende que todos os jovens tenham acesso à educação de qualidade, à saúde, à proteção social e à participação cidadã. A inclusão produtiva dos jovens é uma forma de promover o seu desenvolvimento integral e contribuir para a redução das desigualdades no país.

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