Escolas particulares terão um reajuste médio de 9% em 2024

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília.
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Os reajustes variam desde a manutenção do mesmo valor cobrado em 2023 até aumentos de até 35%

As famílias que optam pela educação privada deverão se preparar para um aumento médio de 9% nas mensalidades escolares em 2024, segundo uma pesquisa realizada pelo Melhor Escola, um site que oferece informações sobre as escolas particulares no Brasil. A pesquisa contou com a participação de 979 escolas de quase todos os estados brasileiros, com exceção de Roraima e Tocantins. Os reajustes variam desde a manutenção do mesmo valor cobrado em 2023 até aumentos de até 35%.

De acordo com a legislação vigente, as escolas particulares não têm um limite máximo para o reajuste das mensalidades, mas devem apresentar aos pais e responsáveis uma planilha de custos que justifique os aumentos, especialmente quando eles se devem à introdução de melhorias no processo didático-pedagógico.

O sócio-fundador do Melhor Escola, Sergio Andrade, explica que o reajuste acima da inflação é natural, pois leva em conta não apenas o índice inflacionário, mas também o nível de investimento que a escola fez ao longo do ano. “Estamos saindo de um evento disruptivo, que foi a pandemia. É natural que o nível de investimento varie mais do que em um contexto mais estável de mercado”, afirma.

Entre os fatores que influenciam no reajuste das mensalidades estão os índices inflacionários como o Índice de Preços no Consumidor (IPCA) e o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), os acordos salariais firmados com os sindicatos e os reajustes salariais tanto para os professores quanto para os demais funcionários, além dos investimentos feitos nas instituições de ensino.

O valor da anuidade é definido com base nesses e em outros dados, como a expectativa de estudantes matriculados, e não pode ser alterado ao longo de todo o ano letivo.

O presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Antônio Eugênio Cunha, ressalta que os reajustes são diferentes e variam de escola para escola porque os contextos são diferentes. “Importante esclarecer ao público que não tem nenhum número mágico. Cada escola tem identidade própria, cada uma tem estrutura funcionando de maneira diferente da outra. Algumas ocupam espaços físicos alugados, outras, próprios. Espaços maiores ou menores. O número de salas de aula e de alunos são diferentes, os equipamentos são diferentes, portanto, os custos operacionais são diferentes”, explica.

Cunha lembra que as escolas devem estar prontas para explicar às famílias os custos que serão cobrados e que há flexibilidade e diferentes formas de pagamento. “Cada escola tem um plano, porque a gente sempre trabalha olhando a sustentabilidade do negócio e o atendimento às famílias. As escolas oferecem planos diferentes, tem escola que divide em 13 parcelas, tem escola que se tem mais de um familiar matriculado, dá desconto, tem a que dá desconto para grupo de famílias, cada uma tem estratégia. É natural que o pai do aluno vá à escola, converse com os diretores para que possam entender o processo e como podem alcançar algum benefício”.

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