Anvisa aprova novo medicamento injetável para diabetes tipo 2

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Estudos clínicos mostraram que a tirzepatida reduziu significativamente o índice de hemoglobina glicada

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta segunda-feira (25) um novo medicamento para o tratamento de diabetes tipo 2, uma doença que afeta quase 17 milhões de adultos no Brasil. O Mounjaro, da farmacêutica Eli Lilly, é uma caneta injetável que contém a tirzepatida, uma substância que ajuda a controlar o nível de açúcar no sangue em adultos com a doença, quando combinada com dieta e exercícios físicos.

Segundo a Anvisa, a tirzepatida é o primeiro medicamento que atua como receptor de dois hormônios produzidos no intestino, o GIP e o GLP-1, que aumentam a produção de insulina pelo pâncreas e reduzem a quantidade de glicose no sangue. Estudos clínicos mostraram que a tirzepatida reduziu significativamente o índice de hemoglobina glicada, um indicador do controle glicêmico, e também promoveu a perda de peso dos pacientes, o que é benéfico para a saúde, já que o sobrepeso e a obesidade são fatores de risco para o diabetes tipo 2.

O diabetes tipo 2 é uma doença crônica que se caracteriza pela produção insuficiente ou pela resistência à ação da insulina, o hormônio que regula o metabolismo da glicose. A doença pode causar complicações graves, como cegueira, insuficiência renal, amputação de membros e doenças cardiovasculares, que podem levar à morte. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, quase 463 milhões de pessoas no mundo têm diabetes, sendo que cerca de 90% dos casos são do tipo 2. A previsão é que esse número aumente para mais de 700 milhões até 2045.

A Anvisa informou que o Mounjaro será comercializado em três doses diferentes: 5 mg, 10 mg e 15 mg. A dose inicial recomendada é de 5 mg uma vez por semana, podendo ser ajustada conforme a necessidade e a tolerância do paciente. O medicamento deve ser aplicado por via subcutânea na coxa, no abdômen ou no braço. A Anvisa alertou que o Mounjaro não deve ser usado por pessoas com diabetes tipo 1 ou com cetoacidose diabética, uma complicação grave da doença. Além disso, o medicamento pode causar efeitos colaterais, como náusea, vômito, diarreia e dor abdominal.

A aprovação do Mounjaro pela Anvisa representa uma nova opção terapêutica para os pacientes com diabetes tipo 2 no Brasil. No entanto, a agência ressaltou que o uso do medicamento deve ser sempre orientado por um médico e acompanhado de hábitos saudáveis de vida.

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