No ano passado, pela primeira vez, o faturamento das lojas exclusivamente digitais passou o das livrarias em geral (que comercializam na rua e online), englobando 35,2% do mercado.
Desde a pandemia, com o isolamento social e as restrições no comércio, o gasto dos brasileiros tem aumentado. Somente nos primeiros oito meses deste ano, as vendas chegaram a R$ 1,56 bilhão – R$ 30 milhões a mais do que o mesmo período de 2022.
Ou seja, houve uma valorização do mercado editorial, mas uma migração da leitura do ambiente físico para o digital. Esse movimento comprometeu o modelo mercadológico brasileiro, no qual o risco do investimento é dos editores e as vendas se dão por consignação – os livreiros pagam pelo que conseguem vender.
O Brasil já entrou em uma nova era do mercado editorial. Mas para garantir um salto qualitativo é preciso ampliar o público consumidor e reduzir o custo médio, que ainda é de R$ 43 a unidade.

✒️Editorial Jornal Paraíso 27/09/2023