Metrô e trens de São Paulo têm greve em nove linhas contra privatização nesta terça

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A greve afeta linhas de metrô, trem e linhas ferroviárias e tem como principal objetivo parar a privatização em São Paulo.

Trabalhadores dos setores de transporte público e saneamento de São Paulo realizam nesta terça-feira (3) uma greve em protesto contra as privatizações na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A paralisação afeta quatro linhas do metrô e três linhas de trem, com duas linhas ferroviárias funcionando parcialmente.

Por outro lado, os ônibus municipais e intermunicipais operam com 100% da frota. A SPTrans, na capital, expandiu os itinerários de cerca de 20 linhas para permitir que os passageiros cheguem mais próximo a áreas com maior concentração de comércio e serviços.

A presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, destacou em assembleia realizada, que a pauta do movimento inclui o cancelamento de todos os processos de terceirização e privatização no Metrô, na CPTM e na Sabesp. Além disso, ela enfatizou a necessidade de realizar um plebiscito oficial com a população do estado para consultar sobre a privatização dessas três empresas públicas.

O governo do estado classificou a greve como “ilegal e abusiva” e considerou que é injustificável utilizar um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores para ataques políticos e ideológicos à gestão atual. O governador Tarcísio de Freitas está programado para falar à imprensa em uma coletiva às 7h.

No entanto, em decisão proferida na última sexta-feira (29), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) proibiu a greve total dos trabalhadores do Metrô e determinou a circulação de 100% dos trens nos horários de pico e 80% nos demais períodos, sob pena de multa de R$ 500 mil. A liberação das catracas, solicitada pelos trabalhadores para não prejudicar a população, também foi proibida pelo tribunal. A gestão estadual aguarda o cumprimento das decisões judiciais pelas categorias para preservar os direitos da população.

Além disso, houve uma determinação judicial para o funcionamento da CPTM, estabelecendo que os trens devem operar com 100% do efetivo nos horários de pico e 80% nos demais períodos.

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