Dólar dispara e bolsa despenca com expectativa de alta de juros nos EUA
A bolsa de valores teve mais um dia de queda e atingiu o nível mais baixo em quatro meses
O dólar voltou a subir e fechou no maior valor desde março, superando a barreira de R$ 5,15. A bolsa de valores teve mais um dia de queda e atingiu o nível mais baixo em quatro meses, em meio ao nervosismo no mercado global.
Nessa terça-feira (3), o dólar comercial encerrou as negociações vendido a R$ 5,154, com alta de R$ 0,088 (+1,73%). A moeda norte-americana chegou a operar perto da estabilidade no início do dia, mas disparou após a abertura do mercado norte-americano.
Com esse resultado, o dólar acumula alta de 2,53% apenas nos dois primeiros dias úteis de outubro. No ano, a divisa cai 2,38%.
O índice Ibovespa, da B3, também teve um dia negativo e fechou aos 113.419 pontos, no menor patamar desde 5 de junho. Das 86 ações que compõem o indicador, apenas nove subiram.
A tensão no mercado financeiro foi provocada pela divulgação de um relatório preliminar que mostra que a economia norte-americana abriu, em setembro, cerca de 1 milhão de vagas a mais do que o esperado. O dado reforçou as apostas de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) aumente os juros antes do fim do ano.
Nesta terça-feira, as taxas dos títulos de longo prazo do Tesouro norte-americano atingiram o maior nível em 16 anos. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capital de países emergentes, como o Brasil.
A Agência Brasil informou que está dando as matérias sobre o fechamento do mercado financeiro apenas em ocasiões extraordinárias. A cotação do dólar e o nível da bolsa de valores não são mais informados todos os dias.