Epidemia de alcoolismo no Brasil
O consumo em excesso da bebida alcoólica compromete a vida profissional e familiar do usuário, com impactos na saúde coletiva e até na economia do país. Cerca de 12% das mortes no país são em decorrência do álcool e do tabaco, segundo estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O Ministério da Saúde calcula que entre 2010 e 2018, os gastos diretos e indiretos relacionados ao abuso da bebida chegaram a R$ 1,5 trilhão.
O dado mais preocupante da pesquisa é o avanço do abuso do álcool entre jovens de 18 a 24 anos. São pessoas que em breve vão entrar na fase mais produtiva da vida e podem ter esse período manchado pela dependência química.
A pesquisa considera o consumo abusivo a partir de quatro doses em uma mesma ocasião. Já a confirmação da dependência só pode ser feita por um profissional de saúde. O que separa uma condição da outra, porém, é uma linha tênue da qual o usuário raramente percebe que está ultrapassando.
A tomada de consciência só acontece quando o usuário já sofreu efeitos mais trágicos do álcool: envolvimento em brigas, descontrole financeiro, afastamento da família e desenvolvimento de doenças graves. É possível socorrer essas pessoas antes de chegar no ponto de não retorno. Para isso, é preciso informação e assistência de saúde. A falta de instrução sobre os efeitos nocivos da substância deixa o menor de idade ainda mais vulnerável à suposta sensação de prazer da droga.
✒️Editorial Jornal Paraíso 11/10/2023