Prêmio Jovem Cientista busca soluções para a inclusão digital no Brasil

Foto: Diego Galba (ASCOM/MCTI)
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O prêmio é um dos mais tradicionais e prestigiados do país na área de ciência e tecnologia

O Brasil enfrenta um grande desafio para garantir o acesso à internet e às tecnologias digitais para toda a sua população. Segundo dados do IBGE, cerca de 46 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à rede mundial de computadores, o que representa 21,9% da população com 10 anos ou mais de idade. Além disso, muitos dos que têm acesso enfrentam problemas de qualidade, velocidade e custo.

Para estimular a busca por soluções para esse problema, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação Roberto Marinho lançaram nesta quarta-feira (18) o 30º Prêmio Jovem Cientista, com o tema Conectividade e Inclusão Digital.

O prêmio é um dos mais tradicionais e prestigiados do país na área de ciência e tecnologia e visa reconhecer e incentivar estudantes e pesquisadores que desenvolvem projetos inovadores e relevantes para a sociedade. As inscrições serão abertas no primeiro semestre de 2024 e as linhas de pesquisa serão divulgadas em breve.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou a importância do tema escolhido para esta edição. “Ampliar a conectividade e assegurar a inclusão digital da população brasileira são passos decisivos para o combate à desigualdade, para a inclusão social, para o país avançar na transformação digital. A educação digital, o letramento digital, tudo que seja inclusão digital diminuirá o abismo da desigualdade, que já é muito grande”, afirmou.

O prêmio terá cinco categorias: Estudante do Ensino Médio; Estudante do Ensino Superior; Mestre e Doutor; Mérito Institucional; e Mérito Científico. Nesta última categoria, será homenageado um pesquisador ou uma pesquisadora que tenha se destacado na área relacionada ao tema da edição.

O presidente do CNPq, Ricardo Galvão, ressaltou que o prêmio valoriza cientistas de todos os níveis. “Não é só o cientista top, que está na linha de frente, que vai ser premiado. [O prêmio] começa desde o estudante do ensino médio, da graduação, àquele que ousa e quer fazer alguma coisa, além do livro que ele lê todos os dias. É para aquele que procura novos conhecimentos e não tem medo de errar”, disse.

Com a escolha dos premiados em cada edição, a organização do Prêmio Jovem Cientista tem o objetivo de reconhecer talentos, impulsionar a pesquisa científica e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram inovar na solução dos desafios da sociedade.

A presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Mercedes Bustamante, defendeu que é preciso incentivar jovens para a carreira científica. “A gente percebe a necessidade de formação dessa nova geração de pesquisadores brasileiros, para que entendam que a carreira científica é uma contribuição essencial para um desenvolvimento soberano, sustentável, justo e equitativo para o Brasil”, declarou.

João Alegria, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, convidada pelo CNPq para articular o prêmio, afirmou que a ciência já está no cotidiano das comunidades e que o Prêmio Jovem Cientista contribui para aproximar essas realidades. “Que a gente aproveite essa jornada para compartilhar método de processos da ciência, para inspirar pessoas e que elas entendam o valor da ciência do conhecimento. É muito bom a gente demonstrar como produção de conhecimento está próxima à vida das pessoas e transforma a sociedade”, concluiu.

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