IBGE revela que 2,1 milhões trabalham por aplicativo

Foto: Agência Brasil
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De acordo com o IBGE, a maioria dos trabalhadores por meio de plataformas digitais era do sexo masculino

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (25), dados inéditos sobre o trabalho por meio de plataformas digitais no país. Segundo a pesquisa, 2,1 milhões de pessoas realizavam trabalhos por meio de aplicativos de serviços ou comércio eletrônico no quarto trimestre do ano passado, representando 2,4% da população ocupada no setor privado.

A pesquisa faz parte do módulo Teletrabalho e Trabalho por Meio de Plataformas Digitais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que tem como objetivo quantificar e compreender o fenômeno da plataformização do trabalho no país.

De acordo com o IBGE, a maioria dos trabalhadores por meio de plataformas digitais era do sexo masculino (76,8%), tinha entre 25 e 39 anos (55,5%), era parda (52,9%) e tinha ensino médio completo (54,7%).

A categoria de emprego mais usada era a “feita por conta própria” (77,1%), seguida pela “sem carteira assinada” (16%). Apenas 5,9% dos trabalhadores eram empregados com carteira assinada.

O grupamento das atividades transporte, armazenagem e correio foi o que reuniu mais trabalhadores (67,3%), principalmente os que atuavam em aplicativos de transporte de passageiros (52,2%) ou entrega de comida ou produtos (39,5%). O setor de alojamento e alimentação ficou em segundo lugar, com 16,7%, seguido pelo setor de outros serviços, com 9%.

A pesquisa também mostrou que a renda média mensal dos trabalhadores por meio de plataformas digitais era de R$ 1.589, abaixo da média nacional de R$ 2.543. A renda variava conforme o tipo de plataforma: os que usavam aplicativos de serviços ganhavam R$ 1.725, enquanto os que usavam plataformas de comércio eletrônico ganhavam R$ 1.131.

A jornada média semanal dos trabalhadores por meio de plataformas digitais era de 33 horas, sendo maior para os que usavam aplicativos de serviços (35 horas) do que para os que usavam plataformas de comércio eletrônico (28 horas).

A pesquisa também indicou que 41% dos trabalhadores por meio de plataformas digitais tinham outra ocupação principal. Entre eles, 46% eram empregados com carteira assinada e 32% eram trabalhadores por conta própria.10de10

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