A violência financeira pratica pelo governo

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O descontrole da violência é muito evidente no Rio de Janeiro e na Bahia. Na capital fluminense, o número de homicídios subiu 83% neste ano. Apenas as milícias, que atearam fogo a 35 ônibus e um trem na segunda-feira, dia 23, fechando o comércio em sete bairros e deixando 10 mil alunos sem aulas, avançaram seu controle territorial na cidade em 378% nos últimos 16 anos, segundo a ONG Fogo Cruzado.
Já a Bahia tem o triste título de campeã dos homicídios no Brasil desde 2019. Somente no ano passado, foram 6.659 assassinatos. Isso é resultado da combinação da disputa de facções criminosas pelo tráfico de drogas e da alta letalidade policial.
Contudo, esses dados serviram de oportunidade para o governo enfrentar um outro problema: a consolidação de sua base política pela oferta de cargos. Na mesa da Presidência da República está a proposta de criação de um Ministério da Segurança Pública, desmembrando a pasta da Justiça, que nasceria com um orçamento de, no mínimo, R$ 4 bilhões.
Os defensores da medida argumentam que isso demonstraria a preocupação do Estado com o problema da violência. Além disso, o novo ministério era promessa de campanha do presidente.
Mas é difícil entender como se encaixa no combate ao crime organizado inchar ainda mais uma máquina pública que já custa R$ 369 bilhões por ano – apenas o Poder Executivo responde por 75% desse valor – e ainda não apresentou uma solução adequada para a violência.

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