Acesso perigoso às redes sociais

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O universo digital se abre cada vez mais cedo para as pessoas, e isso traz oportunidades e desafios para as famílias. O estudo Tic Kids Online, divulgado na semana passada, mostra que um quarto dos jovens (24%) teve o primeiro acesso à internet entre 0 e 6 anos. Isso é mais que o dobro do índice encontrado em 2015 (11%).
O estudo mostra também uma grande presença precoce nas redes sociais. Seis em cada dez crianças e adolescentes têm perfis no Instagram e do Tik Tok. O grupo etário também responde por sete em cada dez inscritos no WhatsApp e oito em cada dez, no YouTube.
A denominação “nativos digitais” nunca fez tanto sentido quanto agora. Em uma sociedade onde as interações são cada vez mais intermediadas pela tecnologia, aprender a trafegar no mundo online é um requisito para satisfazer necessidades frugais como pedir uma pizza, por exemplo.
Mas há limites que precisam ser observados nesse trajeto. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que antes dos dois anos de idade, as crianças não tenham qualquer acesso a telas. E que, até os cinco anos, o uso dos dispositivos seja limitado a uma hora por dia, e com supervisão de um adulto responsável.
Não são poucos os riscos. A elevada exposição a meios eletrônicos afeta o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças, acirra o apelo ao consumo, expõe a privacidade dessas crianças e pode afetar sua autoimagem.

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