Defesa soma 766 toneladas de ajuda humanitária e R$ 55 milhões em apreensões e multas no território Yanomami

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O chefe do Estado-Maior do Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte, Brigadeiro do Ar Marcelo Gobett Cardoso, explica como é realizado o apoio logístico e operacional das tropas no território indígena.

Sob coordenação do Ministério da Defesa (MD), as Forças Armadas completaram 9 meses de atuação em apoio aos indígenas no território Yanomami, ao norte do país. Desde janeiro, a Defesa integra a força-tarefa do governo federal para proteção dos indígenas, com ações humanitárias e no combate a crimes transfroteiriços, como o garimpo ilegal. Até o momento, os militares já transportaram cerca de 766 toneladas de alimentos e suprimentos à região. As ações da força-tarefa também somam R$ 55 milhões em multas e apreensões de drogas.

O chefe do Estado-Maior do Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte, Brigadeiro do Ar Marcelo Gobett Cardoso, explica como é realizado o apoio logístico e operacional das tropas no território indígena. “Diariamente, são planejadas e executadas ações como transporte de cargas de Boa Vista até as comunidades indígenas presentes no Território Yanomami, bem como a entrega das cestas de alimentos, efetivamente, às comunidades; e também são realizadas ações de prevenção e repressão a garimpo ilegal, que acaba culminando em desintrusão de garimpeiros daquelas terras. Também são realizadas ações de apoio na construção de sistemas de água potável, principalmente às pessoas mais desassistidas desse recurso”, disse.

Cerca de 1200 militares da Marinha do Brasil, do Exército e da Aeronáutica já foram empregados desde o início das ações. Na vertente de ajuda humanitária, os militares distribuíram cerca de 36.000 cestas básicas, realizaram 3.029 atendimentos médicos aos indígenas e 205 evacuações aeromédicas. Para auxiliar nas ações, também foram utilizadas 17 aeronaves, 14 embarcações, 38 veículos, 5 lanchas blindadas e 2 navios.

Combate ao garimpo ilegal – Para reforçar as ações na região, a Defesa ativou, em 21 de junho, a operação Ágata Fronteira Norte, a partir da publicação do Decreto n° 11.575. Além do apoio logístico aos órgãos federais, as Forças Armadas reforçaram as atividades coercitivas, como patrulhamentos; revistas de pessoas, veículos, embarcações e aeronaves; e prisões em flagrante delito, entre outras.

O apoio aos órgãos de segurança pública e ambiental, como a Polícia Federal (PF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), resultou, ainda, em R$ 55 milhões em apreensões e multas, bem como na detenção de 164 garimpeiros, encaminhados aos órgãos competentes. Entre as apreensões, estão 48 toneladas de cassiterita, 1.859 gramas de ouro e 1.120 equipamentos utilizados em práticas ilegais, além da neutralização de acampamentos ilícitos na região e da destruição de 22 garimpos ilegais.

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