Aumenta de 29 para 31 número de pesquisadores da UnB na lista dos mais influentes do mundo

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Universidade de Stanford e repositório de dados Elsevier se baseiam no total de vezes que o profissional é citado em artigos científicos.

Dentre os 2% dos pesquisadores mais influentes do mundo em suas respectivas áreas em 2023, 31 atuam na Universidade de Brasília (UnB), no ano passado foram 29. A lista foi elaborada pela Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA), e pelo repositório de dados Elsevier. A pesquisa se baseia na quantidade de vezes que o profissional foi citado em artigos científicos e outros materiais acadêmicos.

O estudo é dividido em duas categorias: citações considerando toda a carreira do pesquisador e citações considerando apenas as referências feitas em 2022. Segundo o levantamento, a UnB conta com 21 pesquisadores avaliados pela carreira e 23 estão entre os mais citados somente no ano passado. Treze deles aparecem nas duas listas. No mesmo levantamento feito no ano anterior, foram 20 e 22, respectivamente, também com 13 professores em ambas.

A reitora da UnB, Márcia Abrahão, afirma que sente orgulho da produção de conhecimento desses pesquisadores.

“Os resultados inspiram jovens a trilhar a carreira acadêmica, mostram para a comunidade externa a excelência do trabalho feito na Universidade e ressaltam a importância da ciência para o desenvolvimento do Brasil.”
(MÁRCIA ABRAHÃO, REITORA DA UNB)

Os participantes são classificados em 22 áreas de conhecimento e 174 subáreas, de acordo com o padrão Science-Metrix. Os cientistas da UnB aparecem em 12 campos:

Física e Astronomia;
Pesquisa Biomédica;
Ciências da Terra e Ambiental;
Biologia;
Química;
Tecnologias da Informação e da Comunicação;
Engenharia;
Matemática e Estatística;
Agricultura, Piscicultura e Silvicultura;
Medicina Clínica;
Economia e Negócios; e
Tecnologias Habilitadoras e Estratégicas.

UnB em 10º lugar na lista das instituições brasileiras
Mais de 200 instituições do Brasil tiveram pelo menos um pesquisador citado. A Universidade de São Paulo (USP) foi a que teve mais pesquisadores mencionados, sendo 211 na lista de carreira e 244 na lista de menções de 2022. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) segue a USP em ambos os levantamentos. A UnB ficou em 10º lugar nas duas listas de mais pesquisadores citados dentro das instituições brasileiras.

A decana de pesquisa e inovação, Maria Emília Walter, acredita que a UnB continua “nos patamares mais altos de contribuição acadêmica”.

“A presença de docentes da UnB entre os cientistas mais influentes do mundo, em suas respectivas áreas de atuação, mostra que a ciência desenvolvida no país alcançou patamares sólidos e tem nível internacional, apesar dos expressivos cortes de recursos destinados à educação superior e à pesquisa no país nos últimos anos.”

(MARIA EMÍLIA WALTER, DECANA DE PESQUISA E INOVAÇÃO)

Entretanto, Maria Emília acredita que teriam mais brasileiros na lista caso as pesquisas tivessem mais incentivo no Brasil. Ela afirma que os recursos recebidos nas universidades pelo Ministério da Educação “mal dão” para sustentar o funcionamento das instituições, e que a verba para pesquisa acadêmica vem, principalmente, de apoios governamentais e de fundos.

“O povo brasileiro é extremamente criativo, e os pesquisadores trabalham muito e fazem muito com muito pouco”, afirma. A decana destaca que o Brasil tem uma “excelente massa de volume de pesquisadores em todas as áreas” e que, com o aporte necessário, o país seria protagonista em pesquisa.

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