Um encontro do PDT no Rio de Janeiro, realizado no passado dia 27 de outubro, resultou em uma confusão generalizada envolvendo os irmãos Ciro Gomes, candidato à Presidência no ano passado, e Cid Gomes, senador pelo Ceará — dois dos principais nomes do partido. Segundo relatos de pessoas presentes, em dado momento do evento os dois se levantaram da cadeira e iniciaram uma discussão acalorada, com direito a gritos e dedo no rosto.
O episódio contrariou os princípios, os bons costumes e a esmerada educação que os “meninos” receberam dos pais. No passado, quando os filhos se envolviam em brigas entre si, os pais os obrigavam a se perdoarem com abraços e beijos, ou os castigavam de diversas formas. Vale salientar que as brigas do passado eram por brinquedos ou pirulitos, diferente de hoje em que eles se digladiam por territórios políticos, currais eleitoreiros, ambição de poder, orgulho, vaidade ou ganância.
Há relatos de quando as famílias pressentem ou já experimentam as dores do fracasso, entram em desarmonia todo o clã se desmorona. Os irmãos FG sempre demonstraram grande união, isso quando dominavam o Ceará e se sentiam os novos donos do mundo. O irmão caçula, que herdou a prefeitura de Sobral e faz uma gestão ditatorial, tratando os sobralenses à mão de ferro, ainda se sustenta na soberba do cargo e ostenta seu poder já próximo do fim.
No meio desses enfretamentos e de caras feias, há quem acredite que a briga dos manos é somente uma farsa que resultará em dividendos políticos para ambos.