Um em cada três alunos inscritos não compareceu ao segundo dia do Enem

Foto: Edwalcyr Santos/Sistema Paraíso
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O índice de ausência foi o mesmo do segundo dia da edição de 2022, e ficou dentro da média histórica do exame

O segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, realizado neste domingo (12), registrou uma abstenção de 32%, o que significa que um em cada três inscritos não compareceu aos locais de prova. O índice de ausência foi o mesmo do segundo dia da edição de 2022, e ficou dentro da média histórica do exame, que gira em torno de um terço dos inscritos, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A exceção foi em 2021, quando a abstenção bateu o recorde de 55%, em meio à pandemia de covid-19.

O ministro da Educação, Camilo Santana, e o presidente do Inep, Manuel Palácios, apresentaram o balanço do Enem 2023 em coletiva de imprensa após o encerramento da aplicação regular do exame, que teve mais de 3,9 milhões de inscritos. Santana destacou que entre as prioridades para o próximo ano estão aumentar o número de inscrições e diminuir as abstenções. “Vamos fazer uma grande avaliação final desse Enem para que possamos, não só ampliar o número de participantes, mas diminuir esse percentual [de ausência], apesar de, historicamente, ter sido esse o percentual”, afirmou.

Palácios avaliou que o dia de prova transcorreu com tranquilidade em todo o país, com poucos incidentes. Foram registrados 859 problemas logísticos, como emergências médicas, interrupções temporárias de energia elétrica ou abastecimento de água. Além disso, 2.217 participantes foram eliminados por portar equipamento eletrônico; ausentar-se antes do horário permitido; ou não atender orientações dos fiscais, por exemplo.

Neste domingo, os participantes resolveram 90 questões de ciências da natureza e matemática. Uma questão que tratava da gripe causada pelo vírus H1N1 foi anulada por falta de ineditismo, pois já havia sido aplicada na edição do Enem para pessoas privadas de liberdade, em 2010. Segundo o Ministério da Educação, a anulação dessa questão não interfere no resultado do Enem.

O Ministério da Educação também identificou, assim como no primeiro dia de provas, um vazamento de foto de um dos cadernos da prova às 17h, antes do horário permitido para sair com a prova impressa, que é às 18h. O ministro da Educação, Camilo Santana, informou que a Polícia Federal foi acionada para investigar o caso, mas que esse vazamento também não prejudicou a aplicação do Enem. “Lembrando que não há nenhum prejuízo porque não houve confirmação de vazamento antes do início da prova. A prova já tinha iniciado às 13h30, todos os portões estavam fechados, e três horas e meia depois houve essa circulação. A Polícia Federal colocará todo o rigo para apurar esse fato criminoso”, disse.

Neste domingo, a Polícia Federal identificou oito suspeitos acusados de vazar a prova no primeiro dia do Enem, no domingo passado. À semelhança do ocorrido neste segundo dia de prova, não foram identificadas fotos antes do início do teste.

Os estudantes que se sentiram prejudicados por algum motivo podem solicitar a reaplicação da prova, por meio da Página do Participante, de 13 a 17 de novembro. A reaplicação ocorrerá nos dias 12 e 13 de dezembro. O pedido pode ser feito por quem foi prejudicado por problemas logísticos ou acometido por doenças infectocontagiosas, como prevê o edital, ou por quem foi alocado a uma distância superior a 30 quilômetros da residência informada na inscrição.

O Enem 2023 é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados individuais do exame serão divulgados em 16 de janeiro de 2024.

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