Estados Unidos investiga doença respiratória misteriosa que está matando cães
Mais de 200 casos foram registrados nos Estados Unidos, e há preocupação que número aumente durante o período de férias.
Nos Estados Unidos, cães de diferentes raças estão sendo afetados por uma doença respiratória desconhecida. Ainda não se sabe se um vírus ou bactéria estaria por trás das ocorrências, dado que os testes para diferentes enfermidades já conhecidas deram negativo.
Os sintomas se assemelham aos observados na tosse dos canis, no entanto, eles costumam permanecer por um período maior, que varia de seis a oito semanas, além de levar parte dos animais infectados a óbito.
Os relatos estão presentes em diferentes estados norte-americanos, passando por Oregon, Colorado e Massachusetts. Neles, muitos sintomas são comuns, como febre, tosse, secreção ocular, perda de apetite e letargia. Há animais que ainda desenvolvem pneumonia em estágios mais avançados.
Especialistas alertam que, além do quadro se desenvolver rapidamente, dentro de uma janela de 24 a 36 horas, infelizmente a resposta aos medicamentos nem sempre é efetiva. Assim, os cães persistem com dificuldades de respirar. Sem perspectiva de melhora, não raro é necessário interná-los.
Segundo a Associação Médica Veterinária Americana, foram mais de 200 ocorrências desse tipo desde o mês de agosto em Oregon. O órgão ainda destaca a importância que casos sejam devidamente comunicados pelos profissionais que estão prestando atendimento aos cães, o que pode ser útil tanto para o acompanhamento, quanto para auxiliar na busca pela origem do problema.
Apesar de se tratar de uma situação delicada e que deixa os donos de pets preocupados, o órgão reforça que alguns cuidados podem reduzir a chance que o animal seja afetado e desenvolva alguma doença, como manter os cachorros com a vacinação em dia.
Além disso, nesse tipo de cenário, é igualmente recomendado evitar expor o animal ao contato com outros cães desconhecidos ou doentes até que a situação esteja normalizada. Isso inclui manter os pets afastados de espaços em que muitos cães são deixados, como as creches caninas. À medida que o período de férias se aproxima, especialistas entendem que maior se torna o risco de proliferação da doença nesses espaços.
Apesar de alarmante, ainda não se trata de um cenário crítico, dado que a quantidade de animais infectada ainda é considerada proporcionalmente pequena dentro das localidades afetadas. Ainda assim, persiste a busca pelo patógeno que causa a doença.
Como exemplo disso, o Departamento de Agricultura de Oregon (ODA) está trabalhando na análise de amostras colhidas de potenciais casos, na expectativa de identificar qual agente está por trás desses casos relatados.
Para tanto, foram firmadas parcerias com clínicas e postos de emergência que estão prestando atendimento aos cães doentes. Desta forma, a identificação poderá ocorrer a partir da adoção de testes PCR e sorológicos, isolamento do vírus e sequenciamento do genoma.