Motorista da TranSol é demitido por defender sobrinho vítima de discriminação na empresa

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De acordo com o motorista o gerente da empresa, Iago Angelim, disse que não se sinte mais confortável com ele na empresa

Um caso de capacitismo, discriminação contra pessoas com deficiência, ocorrido na manhã do sábado (18) em um ônibus da TranSol que faz a linha Sinhá Saboia/Centro, gerou indignação na família de João Henrique, pessoa com deficiência. Henrique, que é usuário da TranSol, que se dirigia com sua mãe, Maria Solange, do bairro Sinhá Saboia para o Mercado Central foi avisado pelo motorista que não podia embarcar sem carteira.

De acordo com João Henrique o motorista se recusou abrir a porta do veículo e depois que dona Maria Solange disse que ia pagar a passagem, o motorista autorizou sob a recomendação de que na próxima vez não entraria. João Henrique é portador de deficiência visual, cantor, compositor e é assistido pela Apae de Sobral.

Francisco Reginaldo, tio de João Henrique, que também é motorista da TranSol ao saber do caso postou no grupo da empresa sua indignação com a discriminação. Na manhã da segunda-feira (20), Reginaldo soube que estava fora da escala de motorista da TranSol e foi falar com o gerente da empresa Iago Angelim para saber o motivo.

De acordo com Reginaldo, Iago Angelim, se irritou ao ser indagado se ele estava apoiando a discriminação sofrida pelo seu sobrinho. “Perguntei a ele por que fui tirado da escala. Tu apoiou a discriminação com meu sobrinho? Quando eu falei que apoiou ele se levantou da cadeira alterado e veio gritar comigo. Eu também se elevei e ele mandou eu ir pra fora senão chamaria a polícia”, disse Reginaldo.

Reginaldo disse ainda que o secretário da Secretaria de Trânsito e Transporte (Setran), Caio Dutra, chegou na empresa também gritando com ele. “Na segunda-feira (20), voltei para falar com o Iago e ele me falou: não me sinto mais confortável contigo aqui. Você não é capacitado para estar trabalhando nesta empresa. Eu falei, beleza patrão. E simplesmente dei meia volta e fui para casa. Passei mal e o médico me deu 15 dias de atestado. Eu vou atrás dos meus direitos. Eu fui humilhado”, finalizou.

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