Câmara debate impactos do excesso de tela na infância e adolescência

Foto: Depositphotos/Agência Câmara
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O objetivo discutir os benefícios e os riscos do uso de dispositivos como celulares, tablets, computadores e videogames por crianças e adolescentes

A influência das telas eletrônicas na saúde e no desenvolvimento de crianças e adolescentes será tema de uma audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira (29). O debate, proposto pela deputada Luisa Canziani (PSD-PR), contará com a participação de especialistas em pediatria, psicologia, educação e tecnologia.

A deputada Luisa Canziani afirma que o objetivo da audiência é discutir os benefícios e os riscos do uso de dispositivos como celulares, tablets, computadores e videogames por crianças e adolescentes, especialmente em tempos de pandemia, quando as atividades presenciais foram substituídas ou complementadas por plataformas digitais.

Ela destaca que a internet e as telas eletrônicas são ferramentas importantes para a educação, a comunicação, a informação e o entretenimento, mas que também podem trazer prejuízos para a saúde física e mental dos usuários, se usadas de forma excessiva ou inadequada.

Segundo uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil, realizada em 2019, 89% da população entre 9 e 17 anos se conecta regularmente à internet, o que significa que quase toda a nova geração está sendo influenciada por meio de telas eletrônicas. O estudo também revelou que o tempo médio de uso da internet por esse público é de 3 horas e 31 minutos por dia, sendo que 83% acessam pelo celular.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que o uso de telas eletrônicas seja limitado a uma hora por dia para crianças de 2 a 5 anos, e a duas horas por dia para crianças e adolescentes de 6 a 18 anos, sempre com supervisão e orientação dos pais ou responsáveis. A entidade alerta que o excesso de tela pode causar problemas como atraso no desenvolvimento da linguagem, distúrbios do sono, obesidade, sedentarismo, déficit de atenção, ansiedade, depressão, isolamento social e dependência tecnológica.

Além disso, a deputada Luisa Canziani ressalta que há outro aspecto da questão, que considera da maior gravidade, que não decorre diretamente da exposição às telas, mas do conteúdo existente na internet e de pessoas mal-intencionadas. Ela se refere aos riscos de acesso a materiais impróprios, violentos ou falsos, e de exposição a situações de cyberbullying, assédio, exploração e abuso sexual.

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