Brasil cria mais de 190 mil empregos formais em outubro, diz Caged

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Compartilhe

O resultado é fruto de 1.941.281 admissões e 1.750.915 desligamentos no mês

O Brasil registrou a criação de 190.366 empregos com carteira assinada em outubro, segundo os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado é fruto de 1.941.281 admissões e 1.750.915 desligamentos no mês.

Com isso, o país acumula, no ano, um saldo positivo de 1.784.695 novas vagas formais em todas as unidades da Federação, em quatro dos cinco grupamentos econômicos que compõem o levantamento. A exceção foi a Agricultura, que teve saldo negativo de 1.656 postos em outubro.

O saldo de outubro representa uma queda de 16,4% em relação ao mês anterior, quando foram criados 227.664 empregos formais. No entanto, é o melhor resultado para o mês desde 2013, quando foram abertas 212.948 vagas.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, avaliou o resultado como positivo e disse que o país está em um processo de recuperação do mercado de trabalho após a crise provocada pela pandemia de Covid-19. “Estamos recuperando o estoque de empregos que foi perdido em 2020 e também gerando novas oportunidades para os trabalhadores brasileiros”, afirmou.

Segundo o MTE, o estoque total de empregos formais no país chegou a 44.229.120 postos em outubro, o maior nível desde fevereiro de 2016, quando havia 44.242.754 vagas.

Setores O setor que mais gerou empregos em outubro foi o de Serviços, com um saldo de 109.939 postos, o equivalente a 57,7% do total. O destaque foi para as atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que teve saldo positivo de 65.128 empregos.

O setor de Comércio foi o segundo que mais criou vagas, com 49.647 postos, sendo 45.818 no comércio varejista e 3.829 no comércio atacadista. Os segmentos que mais se destacaram foram os de supermercados e hipermercados (6.307), artigos de vestuário (5.026) e produtos farmacêuticos (4.684).

A Indústria foi o terceiro setor com maior saldo de empregos, com 20.954 postos. As indústrias de transformação foram responsáveis por 18.980 vagas, com destaque para a fabricação de açúcar em bruto (1.500), de móveis (1.330) e de produtos de metal (1.284).

A Construção Civil teve saldo positivo de 11.480 empregos, com destaque para as obras de infraestrutura (4.216), construção de edifícios (3.885) e serviços especializados para construção (3.379).

O único setor que registrou saldo negativo foi o da Agropecuária, com 1.656 empregos perdidos no mês. Segundo o MTE, esse resultado decorre da desmobilização do café (-2.850), do cultivo de alho (-1.677), cultivo de batata-inglesa (-1.233) e de cebola (-1.138) que superaram o aumento nas atividades de produção de sementes (4.088).

Regiões e estados Todas as regiões do país apresentaram saldo positivo de empregos em outubro, sendo que a maior geração ocorreu no Sudeste, com 90.894 postos, seguida pelo Sul, com 40.538 postos, e pelo Nordeste, com 30.858 postos. O Centro-Oeste criou 16.651 postos e o Norte, 11.425 postos.

Entre os estados, São Paulo foi o que obteve o maior saldo de empregos formais, com 69.442 postos, seguido pelo Rio de Janeiro, com 18.803 postos, e pelo Paraná, com 14.945 postos. Apenas dois estados registraram saldo negativo: Roraima, com 1.057 postos, e Acre, com 37 postos.

São Paulo também é o estado com maior número de novos postos de trabalho no acumulado do ano, com um total de 502.193 novas contratações. Na sequência, vêm Minas Gerais, com 187.485 novos postos, e Rio de Janeiro, com 141.981 vagas formais.

Caged O Caged é um registro administrativo que acompanha a movimentação do mercado de trabalho formal no país, com base nas informações enviadas pelos empregadores sobre as admissões e os desligamentos de seus empregados.

O Novo Caged foi implantado em setembro de 2020, com o objetivo de modernizar e simplificar o envio dos dados pelos empregadores, por meio do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).

O Caged serve como base para a elaboração de políticas públicas de emprego e para o pagamento de benefícios aos trabalhadores, como o seguro-desemprego e o abono salarial.

Você pode gostar...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Skip to content