Desmatamento provoca ondas de calor

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Após sentirmos os efeitos do aquecimento global, literalmente, na pele durante a onda de calor das últimas semanas, nós, brasileiros, temos um alento. Uma das causas do efeito estufa, a emissão de dióxido de carbono, caiu no ano passado. Mesmo assim, as 2,3 bilhões de toneladas brutas de gases emitidos ainda são o terceiro maior volume desde 2005.
Os números, divulgados pelo sistema de Estimativas de Emissões de Gases do Efeito Estufa (Seeg), seguramente, serão levados pelo Brasil para a COP 28, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que começará no dia 30, em Dubai. Contudo, muito esforço ainda será exigido do país. Um dos principais motivos do corte da emissão de gases do efeito estufa foi a redução do desmatamento, que representa praticamente metade dos gases liberados na atmosfera. Em especial, o controle na Amazônia.
Nos primeiros sete meses do ano passado, a área degradada da floresta amazônica foi de 5,4 mil km². Em igual período deste ano, houve uma queda de 42,5%, de acordo com o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).
Agora, para atingir a meta de diminuição das emissões de dióxido de carbono para 1,2 bilhão até 2030, será preciso manter uma tendência de redução de 33% nos desmatamentos no Brasil. O problema é que, em outros biomas importantes, o corte irregular de matas tem crescimento explosivo. É o caso do Cerrado, onde o desmatamento cresceu 57% desde 2019 e, antes mesmo de 2023 terminar, já atingiu o maior resultado da série histórica do Deter.

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