Brasil tem recorde de ocupação e queda de desemprego, aponta IBGE

Foto: Agência Brasil
Compartilhe

O número de pessoas com algum tipo de trabalho chegou a 100,2 milhões no trimestre de agosto a outubro

O Brasil atingiu pela primeira vez na história a marca de mais de 100 milhões de trabalhadores ocupados, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (30). O número de pessoas com algum tipo de trabalho chegou a 100,2 milhões no trimestre de agosto a outubro, um aumento de 862 mil (+0,9%) em relação ao trimestre anterior.

A taxa de desocupação, que mede o percentual de pessoas que procuram emprego e não encontram, caiu para 7,6%, a menor desde fevereiro de 2015, quando era 7,5%. O índice representa uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre de maio a julho de 2023 e de 0,7 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano passado, quando era 8,3%.

O número de desocupados, que são as pessoas que procuraram emprego sem sucesso no período de referência da pesquisa, diminuiu 261 mil (-3,6%) em relação ao trimestre anterior, totalizando 8,3 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, houve redução de 1,1 milhão de desocupados (-11,6%).

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (excluindo os trabalhadores domésticos) foi de 37,4 milhões de pessoas, o maior desde janeiro de 2015. Esse contingente cresceu 587 mil (+1,6%) em relação ao trimestre anterior e 2,6 milhões (+7,5%) em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

O número de trabalhadores por conta própria, que são aqueles que trabalham por conta própria ou em cooperativas, atingiu 25,6 milhões de pessoas, um aumento de 317 mil (+1,3%) em relação ao trimestre anterior e de 1,9 milhão (+8,1%) em relação ao mesmo trimestre de 2022.

“Isso mostra que tanto empregados quanto trabalhadores por conta própria contribuíram para a expansão da ocupação no trimestre”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

A taxa de informalidade, que é a proporção de trabalhadores sem carteira assinada, sem CNPJ ou sem contribuir para a Previdência Social, foi de 39,1% da população ocupada, ou 39,2 milhões de trabalhadores informais. Esse percentual ficou estável em relação ao trimestre anterior e ao mesmo trimestre do ano passado.

O rendimento médio real habitual do trabalhador foi estimado em R$ 2.999, com alta de 1,7% em relação ao trimestre anterior e de 3,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Esse valor é o maior desde o trimestre encerrado em julho de 2020, quando era R$ 3.152.

O IBGE atribui essa evolução à expansão continuada entre ocupados com carteira assinada, ocupação normalmente com rendimentos maiores. “A leitura que podemos fazer é que há um ganho quantitativo, com aumento da população ocupada, e qualitativo, com o aumento do rendimento médio”, diz Beringuy.

Você pode gostar...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Skip to content