Colapso de mina da Braskem, em Maceió, pode ocorrer a qualquer momento

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Órgão alerta para o risco de abertura de uma enorme cratera; o município decretou emergência e ampliou retirada de moradores.

A Defesa Civil de Maceió afirma que o colapso de mina da Braskem pode ocorrer a qualquer momento. O órgão diz ainda que permanece em alerta máximo em razão do risco iminente.

“A Defesa Civil de Maceió informa que o deslocamento vertical acumulado da mina 18 é de 1,42 m e a velocidade vertical é de 2,6 cm por hora. O órgão permanece em alerta máximo, devido ao risco iminente de colapso da mina 18, que está na região do antigo campo do clube CSA, no bairro de Mutange”, disse na manhã desta sexta-feira, 1º.

A defesa civil já havia dito que estudos têm mostrado o aumento significativo na movimentação do solo na mina, indicando a possibilidade de rompimento e surgimento de um sinkhole, ou seja, uma enorme cratera pode ser aberta na região afetada.

A prefeitura de Maceió decretou estado de emergência por 180 dias na capital de Alagoas, após alerta para “risco iminente de colapso” da mina 18 da Braskem no bairro de Mutange, que já havia sido feito no mesmo dia. A gestão municipal tem alertado para tremores de terra na região nos últimos dias.

Um gabinete de crise foi criado emergencialmente pelo prefeito na quarta para acompanhar o agravamento da situação e agentes da Defesa Civil Nacional foram para a cidade.

As ocorrências de microssismos foram registradas na área das minas que estão sendo preenchidas pela empresa de mineração. A área, que já estava com atividades paralisadas para evitar interferência na coleta de dados, foi isolada preventivamente e em cumprimento às ações definidas nos protocolos da companhia e da Defesa Civil de Maceió.

Segundo lideranças locais, desde que a Defesa Civil de Maceió emitiu o comunicado informando piora do quadro na região do antigo campo de futebol do CSA, as comunidades estão em pânico e revoltadas. Uma decisão judicial determina a saída de 27 famílias da área de risco 00, que abrange os dois bairros. Dessas, 14 ainda não tinham saído de casa até a noite de quinta-feira.

Em nota, a Braskem disse que segue acompanhando, de forma ininterrupta, os dados de monitoramento, que são compartilhados em tempo real com a Defesa Civil municipal.

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