Consumo do brasileiro cresceu 4,24% em outubro, aponta Abras

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O índice que mede o consumo nos lares brasileiros, deflacionado pelo IPCA

Os brasileiros consumiram mais produtos nos supermercados em outubro, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O índice que mede o consumo nos lares brasileiros, deflacionado pelo IPCA, teve alta de 2,89% em relação a setembro e de 0,61% em relação a outubro de 2022. No acumulado do ano, o índice registra um crescimento de 2,64%.

O resultado reflete o aumento da oferta de produtos nos diferentes formatos de loja, como atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. De janeiro a novembro, foram inauguradas 573 lojas, sendo 306 novas e 267 reinauguradas. Os supermercados foram o principal formato, com 185 lojas, seguidos pelos atacarejos, com 121 lojas.

O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, atribuiu a alta do consumo à abertura de novas lojas e às promoções realizadas pelo setor. “As atividades promocionais tradicionalmente se intensificam no segundo semestre, combinados com renda mais estável e a menor variação nos preços da cesta de abastecimento dos lares”, analisou Milan.

Apesar do aumento do consumo, os preços dos produtos nos supermercados apresentaram quedas expressivas de janeiro a outubro (-6,43%) e nos últimos 12 meses (-5,08%), influenciadas principalmente pelos preços do óleo de soja (-30,94%), do feijão (-23,12%), dos cortes bovinos do dianteiro (-12,61%) e do traseiro (-12,44%), do frango congelado (-9,55%), do leite longa vida (-6,10%). Os preços dessa cesta caíram de R$ 754,98 em janeiro para R$ 705,93 em outubro, variação de -6,43% equivalente a cerca de R$ 50.

A cesta de 35 produtos de largo consumo, que inclui alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza, teve uma leve alta de 0,10% em outubro na comparação com setembro. As principais altas do mês foram batata (11,23%), cebola (8,46%), arroz (2,99%), carne bovina – corte traseiro (1,94%), açúcar refinado (1,88%), tomate (0,97%), extrato de tomate (0,83%), pernil (0,57%). As principais quedas foram leite longa vida (-5,48%), feijão (-4,67%), óleo de soja (-1,77%), café torrado e moído (-1,23%), ovos (-2,85%).

Os dados da Abras são baseados em informações fornecidas mensalmente por uma amostra de empresas associadas, que representam cerca de 60% do faturamento do setor supermercadista. O índice é deflacionado pelo IPCA, medido pelo IBGE. O boletim completo pode ser acessado no site da Abras.

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