A farsa da conferência
A 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28) começou sob o clima de urgência para que os países apresentem medidas para eliminar a produção de combustíveis fósseis. Para verificar a gravidade das mudanças climáticas, não é mais preciso recorrer a livros de geografia ou gráficos com projeções futurísticas, pois basta abrir a janela e relembrar os recentes eventos extremos em todas as partes do mundo.
Apesar da urgência, certo pessimismo ronda a cúpula do clima, a começar pelo fato de que o país sede da conferência – os Emirados Árabes – é um dos dez maiores produtores de petróleo do mundo. Documentos obtidos pela BBC demonstram, inclusive, que o país estaria aproveitando a reunião para negociar petróleo com outras nações.
A ausência dos líderes de China e Estados Unidos também deve enfraquecer os eventuais acordos. As nações chefiadas por Xi Jinping e Joe Biden são as que mais emitem gases de efeito estufa do mundo. O desmate é a principal fonte de emissão de gases do efeito estufa no Brasil (48% do total). Para cumprir as metas do Acordo de Paris, pacto assinado pelo Brasil e por outros 195 países para reduzir o aquecimento global, o Brasil precisa reduzir as emissões em 53% até 2030.
Essas conferências, historicamente, não passam de atos farsantes, que visam camuflar à problemática da destruição do meio ambiente e a disseminação de doenças ocasionadas pelos seus efeitos.