‘Jogo do Tigre’: grupo de influenciadores é preso no Paraná

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Polícia estima que o grupo tenha movimentado cerca de R$ 12 milhões em seis meses.

A Polícia está investigando o chamado “Jogo do Tigre”, uma plataforma de apostas on-line que promete ganhos extraordinários. Supostos vencedores exibem nas redes sociais seus luxuosos estilos de vida, ostentando carros de alta categoria. Contudo, a investigação revela que por trás desse aparente sucesso há um esquema criminoso de apostas, causando prejuízos significativos às vítimas, e conta com uma rede de influencers que atuam como aliciadores.

Esses influencers são contratados para atrair indivíduos a apostarem dinheiro no referido jogo, uma atividade considerada ilegal pelas autoridades brasileiras.

O quarteto composto por Eduardo Campelo, Gabriel, Ezequiel, e Ricardo acumulou riquezas divulgando plataformas associadas ao ‘Fortune Tiger’, também conhecido como ‘jogo do tigrinho’. Nesses aplicativos, as pessoas se cadastram, realizam depósitos e efetuam apostas, com variações do jogo incluindo outros animais, mas com o mesmo propósito.

Esses jogos não possuem regulamentação no Brasil, sendo considerados ilegais. A polícia estima que o grupo tenha movimentado cerca de R$ 12 milhões em seis meses. Os influencers eram remunerados por campanha, com ganhos entre R$ 5 mil e R$ 15 mil por semana. Além disso, recebiam de R$ 10 a R$ 30 por cada novo cadastro nas plataformas.

“São jogos que não tem regulamentação aqui no Brasil. São considerados jogos ilegais, de azar, e muitas vezes esses jogos são em sites fora do Brasil. Já as bets elas têm uma regulamentação, tem uma lei que permite esse tipo de aposta, em que você aposta no resultado. Se vai ser positivo ou negativo para um time, se o sujeito fez um gol”, explica o diretor da faculdade de direito da UFPR, Sérgio Staut Júnior.

Eduardo, Gabriel e Ricardo foram presos no mês passado, com a polícia apreendendo carros de luxo e dólares em espécie. A investigação continua, com Ezequiel ainda não localizado pela reportagem. Este caso reforça a crescente preocupação sobre esquemas ilegais de apostas on-line e o papel dos influencers na promoção dessas atividades criminosas.

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