PF investiga envolvimento de Alexandre Pires em Garimpo Ilegal
O cantor Alexandre Pires foi alvo de um mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal nesta segunda-feira, 4 de dezembro. A ação faz parte de uma investigação que visa desmantelar um esquema de financiamento ao garimpo ilegal na Terra Indígena Ianomâmi. Segundo o inquérito, o artista teria recebido aproximadamente R$ 1 milhão de uma mineradora sob investigação. Matheus Possebon, empresário do artista foi preso ao desembarcar no porto de Santos.
“Foram identificadas transações financeiras que relacionariam toda a cadeia produtiva do esquema, com a presença de pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração e laranjas para encobrir movimentações fraudulentas”
Diligências em Cruzeiro
A operação ocorreu em um cruzeiro onde Pires, 47 anos, estava se apresentando, no litoral de Santos. A informação, inicialmente veiculada pelo portal Metrópoles, foi posteriormente confirmada por O Globo. A assessoria do músico, até o momento, não respondeu aos contatos para esclarecimentos. Seguimos aguardando a manifestação do artista ou de sua equipe.
Detalhes do Esquema Investigado
A Polícia Federal informou que o esquema envolveria a “lavagem” de cassiterita, extraída ilegalmente de terras indígenas. A suspeita é de que o minério seria falsamente declarado como proveniente de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba/PA, e transportado para Roraima para tratamento. Contudo, investigações apontam que o minério seria originário do próprio estado de Roraima.
Estrutura e Sequestro de Ativos
“Foram identificadas transações financeiras que relacionariam toda a cadeia produtiva do esquema, com a presença de pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração e laranjas para encobrir movimentações fraudulentas”, relatou a PF. Além disso, foi determinado o sequestro de mais de R$ 130 milhões dos suspeitos.
Operação Disco de Ouro
A operação chamada de Disco de Ouro é um desdobramento de uma ação da PF deflagrada em janeiro de 2022. Na ocasião, 30 toneladas de cassiterita extraídas da Terra Ianomâmi foram apreendidas e preparadas para remessa ao exterior. Dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão foram cumpridos em diversas cidades, incluindo Boa Vista e Mucajaí (Roraima), São Paulo e Santos (São Paulo), Santarém (Pará), Uberlândia (Minas Gerais) e Itapema (Santa Catarina).
Fonte- O fuxico