Comissão da Câmara debate tratamento da leucemia mieloide crônica

Foto: Getty Images/Agência Câmara de Notícias
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A doença atinge principalmente idosos e é considerada incurável, mas controlável

A comissão especial da Câmara dos Deputados que acompanha o combate ao câncer no Brasil realiza nesta quarta-feira (6) uma audiência pública para discutir as dificuldades de tratamento da leucemia mieloide crônica, um tipo de câncer que afeta a medula óssea e o sangue. A doença atinge principalmente idosos e é considerada incurável, mas controlável.

O debate pretende ouvir especialistas, representantes de pacientes e autoridades sobre os desafios enfrentados pelos portadores dessa enfermidade. Um dos temas abordado na audiência é o fornecimento de medicamentos de quimioterapia oral, que são usados no tratamento da leucemia mieloide crônica. Em março do ano passado, a comissão já tinha promovido um debate sobre problemas na distribuição desses fármacos, que são essenciais para aumentar a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes.

O presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, José Francisco Marques Júnior, ressaltou a importância desses remédios. “A leucemia mieloide crônica é uma doença incurável, mas controlável. Esses remédios revolucionaram o tratamento dessa enfermidade. Com eles, a sobrevida do paciente passa a ser praticamente igual a quem não tem leucemia”, afirmou.

No entanto, os pacientes enfrentam dificuldades para ter acesso aos medicamentos, que são de alto custo e dependem de autorização do Ministério da Saúde. Em novembro, o governo federal reconheceu que houve atrasos na entrega de remédios contra leucemia, e atribuiu a situação a revisões contratuais e atrasos em licitação.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a leucemia mieloide crônica é um dos tipos mais frequentes de câncer no Brasil, ocupando a décima posição entre os tumores malignos, sem considerar os de pele não melanoma.

A estimativa é que, entre 2023 e 2025, sejam registrados 11.540 novos casos da doença, que se caracteriza pela proliferação anormal de células sanguíneas na medula óssea. Os sintomas incluem fadiga, perda de peso, febre, suor noturno, dor nos ossos e aumento do baço. O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue e de medula óssea. O tratamento pode envolver quimioterapia, transplante de medula óssea e terapia-alvo.

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