PIB brasileiro cresceu 3% em 2022, aponta IBGE

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Arquivo
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O resultado foi revisado junto com os dados do terceiro trimestre de 2023

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que representa a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, teve um crescimento de 3% em 2022, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi revisado unto com os dados do terceiro trimestre de 2023, e mostrou uma variação positiva de 0,1 ponto percentual (pp) em relação ao percentual divulgado anteriormente, de 2,9%.

A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, explicou que a revisão se deve à mudança de pesos do Sistema de Contas Nacionais, que foi atualizado com base em novos dados. “A gente reestimou os quatro trimestres de 2022 já com a revisão de todos os dados primários usados frequentemente, como a pesquisa industrial mensal e a de serviços, dados externos financeiros, de seguros e de saúde e também as pesquisas estruturais anuais da parte da agropecuária”, disse.

De acordo com o IBGE, a cada divulgação do terceiro trimestre, as Contas Nacionais Trimestrais passam por uma revisão mais abrangente que incorpora os novos pesos das Contas Nacionais Anuais de dois anos anteriores. Nesse momento, também são incluídas nas séries trimestrais as atualizações nas séries de dados adotadas e, se for o caso, aperfeiçoamentos metodológicos.

As séries das Contas Nacionais Trimestrais foram revisadas após a divulgação dos resultados anuais definitivos para o ano de 2021 da série do Sistema de Contas Nacionais, tendo como referência 2010. “Nesse período quando a gente faz uma revisão maior da série, baseada nas contas que divulgamos no começo de novembro das Contas Nacionais Anuais, que hoje em dia são considerados, para a gente, como definitivas a partir de 2021 e a partir delas, a gente recalcula o ano de 2022 nos quatro trimestres e recalcula os dois primeiros de 2023”, afirmou Rebeca Palis.

A principal revisão de 2022, pelo lado da oferta, foi que a indústria e os serviços praticamente não tiveram revisão. No entanto, na agropecuária houve uma diferença significativa. O recuo passou de 1,7% para 1,1%. “A maior revisão foi uma queda menor da agropecuária, exatamente porque a gente saiu das pesquisas trimestrais e já colocou as pesquisas estruturais. Isso deu uma diferença, a queda diminuiu em 0,6 ponto percentual”, destacou.

Na parte da demanda, o que mais variou foi o item despesas de consumo do governo, que, conforme explicou Rebeca, tem a ver com dados de saúde. Essas despesas saíram de 1,5% para 2,1% com a revisão. “Se a gente pegar os dados de saúde pública do DataSUS, [o setor] ele tem feito umas revisões grandes nos dados para trás. A gente pegou os últimos dados e deu uma revisão para cima de 0,6 pp”, finalizou.

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