Seminário discute dados e equidade na educação brasileira

Foto: Edwalcyr Santos/Sistema Paraíso
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O objetivo de debater o uso de dados para a promoção da qualidade e da inclusão na educação brasileira

O Ministério da Educação (MEC), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e a representação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil realizam o segundo dia do Seminário “Dados para Quê?” – Formulação, financiamento, monitoramento e avaliação da equidade educacional. O evento, que começou ontem (12), tem o objetivo de debater o uso de dados para a promoção da qualidade e da inclusão na educação brasileira.

O seminário reúne especialistas, gestores, pesquisadores e representantes da sociedade civil para discutir temas como educação escolar indígena, educação ambiental, educação do campo, educação de jovens e adultos, juventudes, educação especial na perspectiva inclusiva e monitoramento, avaliação e financiamento da educação. O evento está sendo transmitido pelo canal do MEC no YouTube e segue o horário de Brasília, onde acontece.

Pela manhã, o primeiro painel abordou a educação escolar indígena e contou com a participação de Márcio Lima, do Inep; Rita Potyguara, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso); Fernando Damasco, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); e Rosani Fernandes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A mediação foi feita por Gersem Baniwa, da Universidade de Brasília (UnB).

Os palestrantes destacaram a importância de reconhecer a diversidade cultural e linguística dos povos indígenas e de garantir o direito à educação diferenciada, intercultural, bilíngue e comunitária. Eles também apontaram os desafios para a produção e a análise de dados sobre a educação escolar indígena, que envolvem questões como a identificação étnica, a territorialidade, a formação de professores, o currículo, a avaliação e o financiamento.

Em seguida, o painel sobre educação ambiental reuniu Maria Henriqueta Andrade Raymundo, da Articulação Nacional de Políticas Públicas de Educação Ambiental (Anppea); Luiz Marcelo de Carvalho, da Universidade Estadual Paulista (Unesp); Fábio Barbosa, da secretaria de Educação do estado da Bahia (Seduc/BA); e Viviane Vazzi, da secretaria de Educação do estado do Maranhão (Seduc/MA). A moderação foi de Rebeca Otero, da UNESCO.

Os participantes discutiram o papel da educação ambiental para o desenvolvimento sustentável e para a cidadania planetária. Eles também apresentaram experiências de implementação de políticas públicas de educação ambiental em diferentes contextos e níveis de ensino. Além disso, eles ressaltaram a necessidade de fortalecer os sistemas de informação e indicadores sobre a educação ambiental no país.

Ainda pela manhã, o painel sobre educação do campo trouxe as contribuições de Mônica Castagna Molina, da UnB; Cláudio Reis, da Universidade Federal do Pará (UFPA); e Marcelo Loures dos Santos, da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). A mesa foi moderada por Evandro Medeiro, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC.

Os palestrantes abordaram as especificidades e as demandas da educação do campo, que atende as populações rurais, quilombolas, ribeirinhas, entre outras. Eles também enfatizaram a importância de valorizar os saberes e as culturas dessas populações e de garantir o acesso e a permanência na escola, com qualidade e equidade. Eles ainda apontaram os desafios para a produção e o uso de dados sobre a educação do campo, que requerem uma visão ampliada e integrada da realidade educacional.

À tarde, a programação seguirá com mais quatro painéis, que tratarão de temas como educação de jovens e adultos, juventudes, educação especial na perspectiva inclusiva e monitoramento, avaliação e financiamento da educação. O seminário se encerrará às 17h, com as considerações finais dos organizadores.

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